Diario de Cáceres | Compromisso com a informação
Tabagismo pode agravar arritmias cardíacas
Por por José Silveira Lage
14/09/2016 - 06:30

Foto: arquivo

Mesmo com várias campanhas institucionais, grande parte da população ainda tem o hábito de fumar o que pode agravar algumas doenças como as cardíacas e principalmente as arritmias. E a maior causa de mortes entre fumantes não são de problemas causados no  pulmão, mas de doenças cardíacas.

 

A influência de  medicamentos , drogas ( como a nicotina ) , substâncias ( como o  álcool e os derivados do tabaco ) podem alterar a freqüência e o ritmo do coração.

 

No caso do fumo, a nicotina leva a liberação de substâncias como a adrenalina e a noradrenalina , que estimulam o coração , elevando o batimento cardíaco ( taquicardia sinusal) o que pode ser perigoso para o paciente. A nicotina tem tanto ação imediata sobre a desregulação dos batimentos cardíacos, mas também prejudica o tecido cardíaco aos poucos, quadro que persiste por muito mais tempo conforme o tempo que se fuma.

 

Pesquisadores dos Estados Unidos  infundiram quantidades variáveis de nicotina na veia de cães . Tal fato desencadeou o aparecimento de várias arritmias cardíacas como : flutter atrial , fibrilação atrial , extrassístoles , bloqueios atrioventriculares , taquicardia ventricular , entre outras.

 

Alterações estruturais , ocasionadas pelos derivados do tabaco , como a fibrose atrial , também podem explicar o surgimento de certas arritmias cardíacas. A cessação do tabagismo , é uma medida fundamental no tratamento das diversas formas de arritmias que afetam o coração.

 

No caso das mulheres o problema é ainda maior conforme um estudo da Universidade Harvard, nos Estados Unidos. O cigarro pode triplicar a chance de uma morte súbita e um infarto. Mulheres que fumam há mais de 35 anos têm uma chance 2,5 maior de ter o problema e aquelas que consomem mais do que 25 cigarros ao dia, um risco três vezes maior.  

 

E tem mais um agravante, parar de fumar não fará com que os problemas cessem imediatamente. Vai depender de quanto de nicotina foi inalado ao longo dos anos. Portanto quanto antes você parar de fumar, mais chances do seu coração ficar bem.

 

José Silveira Lage é cardiologista arritmologista e eletrofisiologista da Cardioritmo em Cuiabá

 

 

 

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