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Mapa divulga plano estratégico para a retirada da vacina de febre aftosa
Por Ascom Famato
10/04/2017 - 18:01

Foto: arquivo

A Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) participou da 44ª Reunião Ordinária da Comissão Sul-Americana para a Luta Contra a Febre Aftosa (Cosalfa), no dia 6 de abril, em Pirenópolis, Goiás. No evento, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) apresentou o plano estratégico de retirada da vacinação de febre aftosa em bovinos no país. De acordo com o programa, o Brasil deve ter a vacina removida até 2021 e ser reconhecido como país livre da doença sem vacinação até 2023.

 

“O programa é muito importante para o processo de toda a cadeia produtiva brasileira e para todos os países da América do Sul que integram o Cosalfa. A proposta do governo brasileiro é muito consistente e apresenta prazo suficiente para que todos os envolvidos na cadeia possam se programar para a retirada da vacina”, disse o vice-presidente da Famato Francisco Olavo Pugliesi de Castro.

 

Segundo Castro, a Famato é uma antiga defensora da retirada da vacinação da febre aftosa. “Nós já defendíamos a retirada da vacina, tanto que já havíamos solicitado para a Cosalfa um entendimento pela possível retirada. O programa anunciado pelo Mapa atende diretamente a nossa reivindicação e a dos produtores rurais de Mato Grosso. A Famato apoia e vai trabalhar para que o calendário seja cumprido à risca”, anunciou o vice-presidente.

 

Castro defende ainda que não há justificativa epidemiológica para a manutenção da obrigatoriedade da vacina. “Em Mato Grosso, por exemplo, há mais de 20 anos não tem registro da doença. E quem paga é o produtor rural para o segmento industrial que lucra com uma obrigatoriedade de vacinação desnecessária”, destacou.

 

A retirada da vacina será feita em etapas e deve começar em maio de 2018. A proposta do Mapa é dividir o país em cinco blocos e iniciar a retirada da vacina pelas regiões de menor risco. Mato Grosso está inserido no quarto bloco e terá a vacina removida até 2021 e o reconhecimento internacional da área livre de febre aftosa sem vacinação deve acontecer em 2023. “É um prazo necessário para dar mais tranquilidade e segurança na retirada da vacina. É um período de adaptação e que vai garantir que não haja nenhum risco sanitário no país. O tempo dado pelo Mapa é suficiente para todos se organizarem: o governo do Estado, por meio dos órgãos de vigilância sanitária, a indústria de vacina e o produtor rural”, reforçou Castro.

 

No primeiro bloco será Acre e Rondônia, o segundo Amazonas (AM), Amapá (AP), Pará (PA) e Roraima (RR), o terceiro Alagoas (AL), Ceará (CE), Maranhão (MA), Distrito Federal (DF), Goiás (GO), Mato Grosso (MT), Mato Grosso do Sul (MS), Paraná (PR), Rio de Janeiro (RJ), Sergipe (SE), São Paulo (SP) e Tocantins (TO) e o quinto e último bloco serão os estados do Rio Grande do Sul (RS) e Santa Catarina (SC).

 

Também participou da reunião o 1º suplente da diretoria da Famato Antonio Carlos Carvalho de Souza e representantes da diretoria da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat).

 

O Mapa disponibilizou um documento de 80 páginas detalhando o plano. Ele pode ser acessado pelo link:http://www.agricultura.gov.br/assuntos/sanidade-animal-e-vegetal/saude-animal/programas-de-saude-animal/febre-aftosa/pnefa-2017-2026/arquivos/1_pnefa_-_plano_estrategico_2017_2026_gt_mar_29_v3.pdf

 

 

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