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Traficante de Porto Esperidião está na lista dos mais procurados pela PF
Por Thaiza Assunção
20/07/2017 - 11:04

Foto: reprodução

Após a prisão de Luiz Carlos da Rocha, o "Cabeça Branca", considerado o maior traficante de drogas do Brasil, outros seis nomes figuram como destaque na lista de criminosos mais procurados pela Polícia Federal.

 Entre eles está o mato-grossense Adalberto Pagliuca Filho, condenado a 14 anos de prisão por tráfico internacional de drogas.

 A lista da Coordenação-Geral de Prevenção a Entorpecentes (CGPRE), a unidade central de combate às drogas da PF no País, foi publicada pelo site  O Globo nesta semana.

 Os demais procurados são o libanês Joseph Nouheddine Nasrallah e os brasileiros Jorge Luís da Silva, Álvaro Daniel Roberto, João Aparecido Ferraz Neto e Marcelo Fernando Pinheiro Veiga.

 Os seis, conforme a reportagem, são considerados criminosos de um nível inferior ao alcançado por Cabeça Branca, mas que continuam em atividade.

 Pagliuca foi condenado pela Justiça de Mato Grosso, após ser preso na Operação Mahyah, da Polícia Federal, deflagrada em novembro de 2011.

 Na época, outras seis pessoas da família dele também foram detidas e, consequentemente, condenadas: Regina Célia Cardoso Pagliuca, Adalberto Pagliuca Neto, Elaine Cristina Pagliuca da Silva, Régis Aristide Pagliuca, Lori Gasparini e Joelson Alves da Silva

 Consta na denúncia do Ministério Público Estadual (MPE) que a família, a mando Pagliuca Filho, atuava a partir da faixa de fronteira entre Brasil e Bolívia e fazia do Município de Porto Esperidião (326 km a Oeste da Capital) e localidades vizinhas o centro de envio de drogas ilícitas.

 Ainda conforme a denúncia, o centro de distribuição encaminhava carregamentos de entorpecentes para traficantes espalhados por diversos Estados, especialmente para Minas Gerais, Piauí, Ceará, Pará, Tocantins e Maranhão.

 Em janeiro de 2012 todo o grupo foi colocado em liberdade por determinação do então o desembargador do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, Manoel Ornellas.

 Passados 15 dias da soltura, o Tribunal de Justiça revogou a liberdade e determinou que os acusados retornassem à prisão. Contudo, apenas Elaine e Joelson foram presos novamente. Os demais continuam foragidos.

 A suspeita da Polícia Federal é de que Pagliuca e os outros cinco traficantes mais procurados vivam como "Cabeça Branca": de forma simples e pacata, no interior do País.
 
Compra de sentença

 Adalberto Pagliuca Filho também é réu da ação penal derivada da Operação Assepsia, que apurou suposta tentativa de negociação de sentença para beneficiar sua família.
Também são réus na ação o ex-vereador por Cuiabá, João Emanuel, o estudante de Direito Marcelo Santana, o advogado Almar Busnello, o empresário Milton Rodrigues, o servidor do TJ, Clodoaldo Souza Pimentel, José Maria Machado e Ailton Rodrigues de Pádua.

O MPE os acusa de terem tentado subornar, em 2012, o assessor do juiz José Arimatea, que, na época, atuava na Vara Especializada Contra o Crime Organizado, para que ele redigisse uma decisão, que seria submetida ao juiz, concedendo a soltura de membros da família Pagliuca. Para isso, teriam oferecido R$ 1,5 milhão ao assessor.

De acordo com a denúncia do MPE, a suposta negociação para compra de sentença teria ocorrido em julho de 2012, no prédio do Fórum da Capital.

João Emanuel seria o responsável por comandar as ações do estudante de Direito Marcelo Santana, que foi acusado de servir de intermediário para membros da família Pagliuca, oferecendo R$ 1 milhão pela decisão favorável a um assessor do juiz José Arimatéia.

A suposta participação do ex-parlamentar, que quando dos fatos era candidato a uma vaga na Câmara Municipal, segundo nota divulgada na época da Operação Assepsia, teria sido comprovada por meio de interceptações telefônicas realizadas pela Polícia Federal.

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