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BR's: em 11 anos, 2,6 mil pessoas morreram em MT
Por Joanice de Deus
12/06/2018 - 12:18

Foto: arquivo


Mato Grosso registrou 2.677 mortes em decorrência de batidas ou colisões nas rodovias federais, entre os anos de 2007 a 2017, revela o estudo “Acidentes Rodoviários e a Infraestrutura”, divulgado pela Confederação Nacional do Transporte (CNT). A pesquisa mostra que os acidentes de trânsito são uma das principais causas de óbitos no país. 

O estudo relacionou ainda dados sobre as características da infraestrutura viária apresentadas na Pesquisa CNT de Rodovias 2017 com a base de dados da Polícia Rodoviária Federal (PRF). No geral, somente nas rodovias federais policiadas, no mesmo período, o país registrou 1.652.403 acidentes e 83.481 mortes. 

Conforme a CNT, a taxa de óbitos por habitante reflete a incidência de mortes sobre a população residente em cada estado brasileiro. Assim, Mato Grosso, Santa Catarina e Tocantins tiveram, entre o período acumulado, médias superiores a 7,5 mortes a cada 100 mil habitantes. 

Já São Paulo e Amazonas registraram taxas médias inferiores a uma morte por 100 mil habitantes entre 2007 e 2017. Contudo, em 2017, o Estado teve uma redução de 13% de mortes (191) se comparado ao ano a 2016, quando foram contabilizados 220 óbitos. A quantidade também é menor que todos os anos anteriores do período, que teve como pico 2013, quando ocorreram 297 vítimas fatais. 

Por outro lado, Mato Grosso foi o segundo estado da região centro-oeste com maior número de mortes perdendo apenas para Goiás, com 344 óbitos notificados, em 2017. No vizinho Mato Grosso do Sul foram 160 casos e, no Distrito Federal, 46 mortes. 

Considerando os acidentes de trânsito com vítimas nas rodovias federais brasileiras, entre 2007 e 2017, um total de 17.844 foram registrados ao longo das estradas que cortam o território mato-grossense. Só no ano passado, foram 1.818 sinistros contra 1.714 contabilizados, em 2016. No Distrito Federal foram 799 acidentes, Mato Grosso do Sul foram 1.386 e, em Goiás, 2.916. 

Outro dado do estudo é que apenas oito rodovias concentram 50,9% do total de mortes ocorridas de 2007 a 2017. São elas: BRs a 364, que corta o Estado, 101, 116, 153, 381, 040, 316 e 262. “Essas rodovias são importantes porque possuem grande extensão e estão situadas em eixos de fluxo elevado de veículos. Entretanto elas estão com a capacidade saturada, o que pode explicar, em parte, o elevado número de mortes e acidentes. O investimento em infraestrutura nessas vias é essencial, sobretudo em duplicação, implantação de acostamento e sinalização. Só assim os índices alarmantes de ocorrências poderão diminuir”, frisou o diretor-executivo da CNT, Bruno Batista, por meio da assessoria de imprensa. 

De acordo com a CNT, diversos são os fatores que causam esse tipo de ocorrência, tais como humanos, veiculares, institucionais/sociais, socioeconômicos, ambientais e viários. “Esse exorbitante número de acidentes e de mortes causa prejuízos a toda a sociedade. Um país que busca desenvolvimento necessita de políticas capazes de minimizar esses graves danos”, aponta o relatório. 

Para a CNT, a insuficiência de investimento em infraestrutura é fator que contribui decisivamente para a insegurança nas rodovias do país. “A CNT acredita que os acidentes poderiam, em sua maioria, ser evitados caso houvesse ações efetivas de manutenção, adequação e construção, além de fiscalização eficiente da malha rodoviária brasileira”, frisa. 

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