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Prefeitura vai assumir a direção do Hospital O Bom Samaritano
Por Sinézio Alcântara
28/08/2018 - 18:26

Foto: arquivo

Está definido. A administração municipal vai assumir a direção do Hospital O Bom Samaritano, em Cáceres. Referência regional no tratamento de doenças tropicais – hanseníase, tuberculose e leishmaniose – o hospital deixou de  internar pacientes há quase um ano por falta de recursos porque, o governo do Estado, não renovou o convênio com a direção. De acordo com o prefeito Francis Maris Cruz a previsão é de que o município assuma a unidade até no final do ano.

“Serão feitos alguns reajuste e adequações, além da contratação de novos servidores. A previsão é de que até no final do ano a prefeitura deve assumir o hospital” afirmou assinalando que a administração vai herdar uma dívida de cerca de R$ 400 mil que ainda estão pendentes junto a servidores e fornecedores. Os antigos funcionários, segundo ele, serão demitidos para dar lugar a novos trabalhadores que serão contratados, através de concurso público ou processo seletivo.

Os salários dos antigos funcionários – atrasados há mais de quatro meses-, já estão sendo pagos. De acordo com o prefeito, são aproximadamente R$ 250 mil somente com a folha de pagamento. Há ainda, débitos pendentes com energia, telefone e outros fornecedores. “São pagamentos de direitos trabalhistas para 20 funcionários que aproximam 250 mil reais”. A administração aceitou o desafio de administrar o hospital após todos os entendimentos jurídicos.

Apesar da paralisação das internações há quase um ano, os tratamentos ambulatoriais continuam. Responsável pelo programa de hanseníase e leishmaniose do ambulatório, mantido pela prefeitura, Rose Margarete Costa revelou que existem, atualmente, em tratamento 20 pacientes de hanseníase, sendo 11 notificados, neste ano; 11 casos de tuberculose notificados e 7 em tratamentos; 8 casos de leishmaniose, sendo um em tratamento.

E, ainda segundo ela, quatro casos de pacientes em observação e quatro positivos, aguardando avaliação médica. “São pacientes que precisam de exames cardiológicos”. Ela explica que, os casos só não são mais porque, a maioria dos portadores desse tipo de doença não tem procurado o ambulatório acreditando que também está fechado, como o hospital. O ambulatório, mantido pela prefeitura, conta com 5 servidores.

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