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Professores descartam repor aulas aos sábados em MT
Por Folhamax
10/08/2019 - 11:51

Foto: arquivo

O Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT) deliberou em Assembleia Geral da categoria, nesta sexta-feira (09.08), a Suspensão da maior Greve na Educação estadual, 75 dias de paralisação, com retorno a partir de 14 de agosto (quarta-feira). Os profissionais definiram ainda o Estado de Greve e rejeição parcial dos documentos encaminhados pelo governo.

“Os pontos a serem superados serão conversados com o governo”, esclareceu Valdeir Pereira, presidente do Sintep/MT. Segundo ele, a greve foi suspensa e os trabalhadores e trabalhadoras permanecerão em alerta para o cumprimento da Lei 510/2013 na integralidade até a próxima data-base. “Caso contrário a categoria retoma o movimento paredista”.

A dirigente sindical de Confresa, Lucimeire Lazara, destacou durante a Assembleia que a suspensão da greve não é um recuo, na verdade é uma nova estratégia para os enfrentamentos aos ataques aos direitos dos trabalhadores, articulados por diferentes frentes no governo. “Ninguém solta a mão de ninguém”, destacou

Também o corte de ponto será pauta de discussão com o governo. A defesa é para o pagamento integral da devolução dos salários, uma vez que os recursos da educação são direcionados e não podem ser utilizados para outra finalidade, conforme o artigo da Lei de Diretrizes e Base da Educação (LDB). Valdeir Pereira comenta a contradição do governo que cortou integralmente os salários e propõe o pagamento em duas parcelas, dia 20 de agosto e 10 de setembro.  

O retorno das atividades foi deliberado para dia 14 de agosto (quarta-feira) em função da agenda de luta nacional que terá dia 13, ato em defesa da Educação Pública e da Aposentadoria, chamado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE). “O ataque à educação feito pelo projeto nacional compromete a educação nas redes municipais, além do Ensino Superior”, esclarece o secretário de redes municipais do Sintep/MT, Henrique Lopes.

Sobre o calendário de reposição os profissionais da educação, como em outras greves, garantirão os 200 dias de letivos e as 800 horas, que é um direito dos estudantes. Aguardam a definição do calendário letivo da Secretaria de Estado de Educação (Seduc) e, a partir dele cumprirão a jornada semanal de 30 horas, o que significa que a orientação é não repor aulas aos sábados. “Isso porque sabemos que tem impacto na qualidade da educação”, disse. Para o Sintep/MT a reposição deve respeitar a Gestão Democrática e a LDB.

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