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Escolas adotam medidas para reduzir efeitos do calor
Por redação
12/09/2019 - 07:16

Foto: Ilustrativa


Diante do forte calor e baixa umidade relativa do ar (URA) registrados nas últimas semanas em Mato Grosso, a Secretaria de Estado de Educação (Seduc) encaminhou às escolas estaduais orientativo com algumas sugestões e medidas para serem tomadas a fim de amenizar a situação.

Entre as orientações, oferecer aos alunos alimentos mais leves na merenda escolar, dentro dos cardápios aprovados e já estabelecidos. Outra recomendação da Seduc é para que sejam suspensas as aulas que requeiram esforço físico, principalmente, atividades ao ar livre no período compreendido entre 10 horas e 17h, substituindo-as por jogos de mesa, aulas de música, leitura e pesquisas.

Conforme informações da assessoria de imprensa da Seduc, os professores devem ainda estimular os alunos a se hidratarem, com a ingestão de líquidos, orientando para que os mesmos levem para a escola garrafa de água e umedeçam as narinas e o rosto.

Os servidores da unidade escolar devem ter atenção redobrada para identificar crianças abatidas e em casos de desmaios, tonturas, cãibras e mal-estar, que sejam encaminhadas ao centro de saúde mais próximo. Orienta ainda que os alunos usem roupas mais leves, protetor solar e chapéus ou boné. Que sejam molhadas as áreas não construídas, próximas de onde haja circulação de pessoas; que mantenham recipientes com água nos ambientes fechados, com o intuito de aumentar a umidade do ar no local.

Com essas medidas, segundo a secretária adjunta de Gestão Educacional da Seduc, Rosa Maria Luzardo, será possível reduzir os efeitos do forte calor e da baixa umidade do ar junto aos alunos, servidores e comunidade escolar. “Recomendamos que não haja suspensão da carga horária dos alunos, uma vez que, neste momento, a escola poderá ser uma grande aliada e contribuir para tratar sobre o assunto de forma pedagógica e proativa, diante do grande fenômeno, envolvendo pais e toda comunidade escolar”, ressaltou Luzardo por meio da assessoria.

Anteontem, o governador de Mato Grosso, Mauro Mendes, decretou situação de emergência no âmbito do Estado em decorrência dos incêndios florestais. Com a medida, o governo está autorizado a adotar ações necessárias à prevenção e combate às queimadas e à manutenção dos serviços públicos nas áreas atingidas pelo fogo. O decreto tem duração de 60 dias podendo ser prorrogado por igual período.

A decisão de emitir o decreto foi tomada diante do aumento no número de queimadas e pelas condições climáticas propiciarem a propagação do fogo. Outro fator se deve a previsão de que para os próximos 20 dias não há probabilidade de chuvas em todo o território mato-grossense, conforme informações do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

Conforme a assessoria de Comunicação do Estado, pelo decreto está autorizada, entre outras medidas, “a aquisição de bens e materiais mediante dispensa de licitação, conforme preceitua o artigo 24, IV, da Lei Federal nº 8.666, de 21 de junho de 1993, respeitados os requisitos constantes do artigo 26 da mesma lei, entre outros”.

De acordo com os dados oficiais, Mato Grosso registrou 8.030 focos de calor em agosto deste ano, um crescimento de 230% em relação ao mesmo período de 2018, tendo como base, os dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Somente nos primeiros dias deste mês de setembro, já são 4.009 focos. De janeiro até o último dia 09 deste mês, já são 20.815 pontos de queimadas detectados em todo o estado, um aumento de 61% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram contabilizados 12.907. Deste total, 1.626 apenas em Colniza (1.065 quilômetros, ao norte de Cuiabá). Além disso, outro fator que agrava ainda mais essa situação é que o Estado passa por um período de estiagem de quatro meses, em diversas regiões, como é o caso do Vale do Rio Cuiabá. Somado a isso, há o registro de baixa umidade relativa do ar (URA) no período, variando entre 7% e 20%, situação que é considerada crítica.

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