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DCE da Unemat emite nota de pesar pela morte de D. Pedro Casaldáliga
Por redação
08/08/2020 - 12:54

Foto: reprodução

O Diretório Central dos Estudantes – LIVRE JANE VANINI, vem a público externar o mais profundo pesar pelo falecimento do Bispo Emérito Dom Pedro Casaldáliga.

“Nada possuir, nada carregar, nada pedir, nada calar e, sobretudo, nada matar”, que o lema pregado ao longo da trajetória do Bispo Emérito da Prelazia de São Félix do Araguaia, Dom Pedro Casaldáliga, sirva de exemplo de luta em defesa dos mais vulneráveis, contra a violência e por uma Educação igualitária.

Dom Pedro Casaldáliga veio a óbito, na manhã deste sábado (08.08), no interior do Estado de São Paulo, aos 92 anos de idade, após ser internado com problemas respiratórios e agravamento da Doença de Parkinson. O governador Mauro Mendes vai decretar luto de três dias pela morte da liderança católica.

O legado do religioso está entrelaçado com a história da Unemat, uma universidade criada para atender à população do interior do Estado. O primeiro título de Doutor Honoris Causa, concedido pela Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat), foi entregue ao Bispo Emérito da Prelazia de São Félix do Araguaia, Dom Pedro Casaldáliga, em janeiro de 2018.
O título honorífico foi reconhecimento à luta pela permanência do câmpus da Unemat no município de Luciara, no Araguaia, uma entre tantas batalhas que o Bispo Emérito travou para que as populações mais pobres e indígenas da região tivessem consciência de seus direitos e lutassem por eles.
Em entrevista concedida, ainda em 2011, à jornalista da Assessoria de Comunicação da Unemat, Lygia Lima, Dom Pedro falou sobre o pedido que ouviu com maior insistência do povo do Araguaia, assim que lá chegou. “Que não esquecesse a educação. Percebemos desde então que a fixação do povo no campo dependia da escola”, recordou.

Segundo Dom Pedro, em 1991, a decisão da Unemat de se fixar em Luciara, distante a 100 quilômetros de São Félix, foi de grande ajuda para mudar o perfil da região, que era conhecida como Vale dos Esquecidos. “O programa Parceladas foi luminoso. Educação na base, no chão. Várias pessoas deste País que passaram por aqui elogiaram muito a experiência”, memorou o bispo emérito.

Alinhado com a Teologia da Libertação, sua trajetória foi marcada pela luta por uma educação laica, mista e libertadora, Reforma Agrária, erradicação do trabalho escravo e reconhecimento dos direitos dos povos indígenas.

#Casaldáligapresente

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