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Grupo de pescadores paulistas pesca em Cáceres há 16 anos
Por Diário de Cáceres
03/08/2012 - 22:37

Foto: capa do livro
Fotos de Cáceres, lindas fotos do Pantanal, eternizando a amizade, está nas mãos de muitos paulistanos. Elas estão no livro Sob a Luz do Pantanal, uma forma que o empresário Oduvaldo Ramos Maria encontrou para homenagear o irmão, José Roberto Ramos Maria, que faleceu em 2011. O livro, uma edição de 60 exemplares, foi lançado em uma loja de pesca na capital paulista. A história é antiga: um grupo de empresários, todos residentes na capital paulista, pescam em Cáceres todos os anos. Há 16 anos. A beleza do Pantanal, a receptividade da população, o clima quente o ano todo foram alguns dos motivos que fizeram com que passassem a amar a cidade e a deixar permanentemente no roteiro. Aqui fizeram amizades e, das pescarias e contatos, resultaram fatos que acabaram por levar o nome de Cáceres, de maneira muito positiva, para fora do Estado. Um incremento ao turismo que aconteceu de forma espontânea. O grupo chega novamente neste sábado, 4, e embarca na Chalana Iguapé, do gaúcho-cacerense Paulo Mensch, para mais uma semana de pescaria e descanso, longe do turbilhão dos grandes centros. Outro amigo do grupo é o empresário Claudio Oliveira, um dos que receberam o livro que presta homenagem não só a José Roberto, o exímio pescador que se foi, mas a todos os cacerenses, quando mostra o potencial turístico que o município tem e, nas imagens, reafirma o valor da amizade. Mas quem relata tudo isto é o mentor do livro, através do depoimento enviado à repórter: "Em julho de 1996 , estava com minha família (esposa e filhos) em um Hotel Fazenda em Águas de Lindóia. Ainda pela manhã fiquei com meu filho, pescando tilapias, no lago do hotel, quando em determinado momento, passou um rapaz com uma criança e disse: “ isso que vocês estão pescando é a isca de minha isca, onde eu pesco." Só me dei conta do que o rapaz falou no momento do almoço no hotel, quando a minha mesa estava próxima da mesa deste rapaz, chamado Marcos. Conversamos por bastante tempo e ai surgiu o convite para ir pescar em Cáceres , em setembro 1996. Para ser sincero , quem gostava de pescar eram meus irmãos Zé Roberto (o mais velho) e o Antonio Carlos ( o mais novo) , porém , nenhum na época em condições de bancar uma viagem para o Pantanal. Resolvi presentear os meus irmãos com a viagem. Foi maravilhoso: natureza, plantas, águas , bichos, pássaros, enfim, ficamos apaixonados por tudo aquilo que vimos. No ano seguinte, fiz contato com os irmãos Oliveira (Claudio e Clovis) e pedi autorização para montar o meu próprio grupo de pesca, o que eles acharam ótimo e assim nascia o nosso grupo . Basicamente o grupo fixo é composto por : Duva, Cacalo, Zé Roberto(faleceu 2011), Paulo Darezzo, Paulo Polydoro, Walter Costa, Dedé, Carlinhos Mineiro, Ivan, Pablo, Beto, Dudu, Sergio Estrada e Justiniano. Todo o nosso grupo é da capital de São Paulo e temos o hábito de uma vez a cada dois meses nos encontrarmos em Uma Pizzaria chamada DEGA’S, aqui em São Paulo, para conversarmos sobre pescaria, isso já há 16 anos. Além da Pescaria de Cáceres ( Pantanal) , viajamos também para pesca do Tucunaré em Miguelópolis, no interior do Estado e vamos para o Araguaia, Serra da Mesa . Nosso grupo vem praticando a pesca esportiva já algum tempo. Em Miguelópolis só resgatamos os peixes que Iremos comer, no Araguaia a pesca é esportiva (pesque e solte) e agora a idéia chega ao Pantanal, como uma Forma de preservação das espécies. Para mim, que já fui pescar com meus filhos Luccas e Matheus a idéia é maravilhosa pois permitirá que meus filhos possam trazer os seus filhos para pescar, o que é maravilhoso, é uma experiência única compartilhar o barco com seu filho, conversar, observar a natureza e vibrar ao seu lado. A nossa paixão por Caceres foi crescendo a cada ano, conhecemos muitas pessoas de Cáceres : Cláudio, Lúcia, Tato, Valeriano, Barrinha, Tonico, Jânio, Jefferson, Ricardo Samú, Paulo(Aguapé), Pedrão (dono do Alambique), Zé Carlos, Clovis, Gregory, entre outros. Cáceres tem um clima ótimo, sol quase o ano todo, cidade a beira rio, com um povo acolhedor e muito simpático. Sempre fomos muito bem tratados em Cáceres, por isso o nosso amor por essa Cidade tão acolhedora para os turistas. Meu irmão José Roberto era uma pessoa de hábitos simples, adorava pescar, adorava Cáceres e em especial os amigos que tinha i em Cáceres:Barrinha e Tonico. Foi o grande incentivador para que eu viesse a gostar de pescar, fazia somente essa viagem durante os últimos 16 anos.Era alegre, brincalhão e gostava muito de divertir o grupo, dificilmente se via o Zé Roberto triste ou abatido por alguma coisa, era sempre um dos mais alegres do grupo. Era casado, deixou os filhos (Caroline, Luiz Fernando e Vanessa) e 3 netos. Faleceu prematuramente com 56 anos de idade, depois de realizar uma cirurgia para troca da válvula cardíaca, a cirurgia acabou se estendendo e ele teve que colocar 6 pontes de safenas 1 mamária, além da válvula cardíaca. Depois da cirurgia não conseguiu mais se recuperar totalmente, vindo a sofrer problemas renais e pulmonares, falecendo em 2011. Um fato pitoresco é que no ano de 2005 , o Zé Roberto pescou um pintado com 1.27 cm e ao chegarmos em São Paulo, fomos informados que o Programa do Ratinho estava premiando quem levasse o maior peixe ao programa. Foram o Zé Roberto, Cacalo e Ivan, foi muito engraçado, pois o 2º colocado era um tambaqui com 45 cm e o Pintado do Zé Roberto tinha 1.27 cm! Um pintado de Cáceres, do Pantanal! Outro fato relevante é que um dos nossos pescadores é proprietário de uma empresa de restauração de objetos antigos ( banho de prata , banho de ouro),. Paulo Darezzo Neto. No caso da Igreja Matriz, a Catedral de São Luiz, a pedido de Claudio Oliveira, o mesmo realizou o banho de prata em varias peças da Igreja. A idéia do livro fotográfico, que mostra através das imagens a história de nossas viagens para Cáceres, se deu por conta do aniversário de um ano do falecimento de meu irmão Zé Roberto. Fizemos um evento, onde convidamos cerca de 70 pessoas , mostramos um vídeo aos presentes com as fotos e uma mensagem ao nosso saudoso irmão. Foram distribuídos 50 livros e 60 DVDs para todos os amigos pescadores dos nossos 16 anos de pescaria. Tive que mandar editar mais 10 novos livros em virtude da grande procura dos amigos e parentes Com relação a Lei da Cota Zero, sou favorável , pois é a grande oportunidade para que os meus futuros netos possam ter de um dia pescar com o avô e encontrar os grandes pintados, cacharas, barbados, dourados, jaus, e todas as demais espécies ."
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