"Polícia Federal de Cáceres/MT em conjunto com a Polícia Militar de Pontes e Lacerda/MT deflagram “OPERAÇÃO RECO” destinada a reprimir as lideranças que ainda resistem à determinação judicial de desocupação do garimpo ilegal sito na Serra da Borda, localizada na cidade de Ponte e Lacerda/MT.
Após a realização da desocupação pacífica do garimpo ilegal que encontrava-se em funcionamento, algumas lideranças identificadas pelo serviço de inteligências da Polícia Federal, Polícia Militar e Polícia Rodoviária Federal, fomentavam os demais garimpeiros à prática de ações de perturbação da ordem na cidade de Pontes e Lacerda/MT.
Dentre estas ações ilegais verificou-se o fechamento da BR-174, importante rodovia federal de interligação das cidades situadas na faixa de fronteira, tendo sido posteriormente desocupada mediante intervenção das forças policiais atuantes na cidade de Pontes e Lacerda/MT.
Todavia, diante do radicalismo perpetrado pelos ocupantes da rodovia, impedindo a entrada e saída da cidade de ambulâncias com pacientes em estado grave de saúde, estudantes que se dirigiam para faculdade, presos encaminhados ao sistema prisional e até alimentos destinados ao sistema presidiário situado nas proximidades da cidade, atitudes estas fomentadas por certas pessoas que atuavam como liderança, a Polícia Federal instaurou IPL para apurar tais fatos e promover a responsabilização criminal dos principais envolvidos.
A operação policial destina-se a cumprir 10 (dez) mandados de prisões temporárias dos líderes identificados, bem como a realização do cumprimento de 04(quatro) mandados de busca e apreensão.
Os líderes identificados irão responder criminalmente por constrangimento ilegal (art. 146 do CP), ameaça (art. 147 CP), atentado contra outro meio de transporte (arts. 262, art. 263 e art. 264 do CP), incitação ao crime (art. 286 do CP), apologia de crime ou criminoso (art. 287) e associação criminosa (art. 288 do CP).
A operação policial recebeu o nome de “RECO” fazendo uma analogia à denominação dada pelos garimpeiros à terra que era descartada pelos principais donos de “buracos” a terceiras pessoas que se aventuravam na procura de encontrar algum ouro no material descartado."