A Polícia Judiciária Civil, em trabalhos da Delegacia Especializada de Repressão a Roubos e Furtos de Veículos Automotores (Derrfva), desarticulou uma quadrilha que atuava na “troca” de veículos roubados por entorpecentes em países de fronteira. Durante os trabalhos, três pessoas foram presas, um menor apreendido e uma caminhonete roubada recuperada.
A caminhonete roubada em 07.06 (em um lava jato na Capital) foi localizada no trevo do lagarto, em um local conhecido como “Cinquentinha”. A ação ocorreu na tarde desta terça-feira (12), em investigação da Derrfva referente a uma “célula criminosa” responsável por receber os veículos roubados (roubos a mão armada), descaracterizá-los (troca de placas; placas falsas) e trocá-los por drogas.
Segundo levantamento realizado pela unidade especializada, os autuados conduziriam a caminhonete Ford/Ranger, cor cinza, à região de Cáceres-Bolívia, para que fosse trocada por entorpecente. Em apoio, um automóvel VW Gol, cor prata, serviria, na ida, como “batedor”, e na volta, transportaria todos os suspeitos, mas o automóvel apresentou problemas mecânicos.
Foram presos os suspeitos: Giberson Campos de Souza, 28, Pamela Gabriela da Silva (que declarou estar gestante), 20, e Gleisson Diorgenys Pereira, 23, o adolescente de 17 anos foi apreendido. Os envolvidos teriam combinado a quantia de R$ 500 reais para realização do plano.
Flagrante - Conduzidos à delegacia, os suspeitos Gleisson Diorgenys Pereira, Giberson Campos de Souza e Pamela Gabriela da Silva foram autuados pelos crimes de associação criminosa com participação de adolescente; receptação; adulteração de sinal identificador de veículo automotor; e corrupção de menores.
O trabalho da Derrfva contou com integração operacional da Polícia Rodoviária Federal (PRF), responsável pela apreensão da caminhonete, e da Polícia Militar (4º Batalhão da PM), que colaborou com informações no momento das diligências.
Bloqueadores de sinal – De acordo com o delegado da Derrfva, Marcelo Martins Torhacs, dentro da caminhonete, já com placas falsas/clonadas de Belo Horizonte, havia um aparelho bloqueador de sinais com 12 (doze) antenas.
“O equipamento possui valor significativo no mercado '‘espúrio’' e revela o relativo grau de organização dessa célula criminosa. Esse aparelho é utilizado por associações criminosas dessa natureza, para bloquear a atuação de eventuais rastreadores/localizadores eventualmente instalados nos veículos subtraídos”, explica o delegado.
Antecedentes – Os autuados Gleisson e Giberson ostentam maus antecedentes criminais. Giberson responde ação penal por tráfico, inclusive estava sob monitoramento eletrônico judicial, contudo sua tornozeleira eletrônica estava desativada. Gleisson possui condenação definitiva por tráfico de drogas.
O adolescente infrator apreendido também possui passagens por diversos atos infracionais e é investigado por integrar organização criminosa coordenada por uma facção que age dentro e fora de presídios.
Prisões - O menor foi conduzido para a Delegacia Especializada do Adolescente (DEA), de Várzea Grande, juntamente como as comunicações da apreensão em flagrante ao Judiciário, Ministério Público e Defensoria Pública, todos da Vara da Infância e Juventude, para apreciação e providências.
Os três adultos foram encaminhados para unidade prisional, ficando à disposição da Justiça, sendo Gleisson e Giberson para a Penitenciária Central do Estado (PCE) e Pamela para presídio feminino “Ana Maria do Couto”.