Em solenidade especial, o Dia Nacional da Cultura, 5 de novembro, foi a data escolhida que a Prefeitura dedicou para fazer o lançamento da construção da nova sede do Museu Histórico Municipal de Cáceres. A obra será realizada com dinheiro do Ministério do Turismo, da ordem de R$ 1.324.636, com uma contrapartida do município de R$ 120 mil. Trata-se de recursos que estavam parados desde 2013, recuperados e aplicados pela atual Administração municipal, através de gestões junto ao Governo federal, por meio da Assessoria Técnica do Governo Municipal atual.
Diante de convidados de vários segmentos da sociedade, presentes no salão de entrada da Secretaria de Turismo Cultura e Lazer, o prefeito Francis Maris Cruz adiantou que foi preciso muito empenho para não perder os recursos financeiros para a obra, que já estavam para ser devolvidos à União.
Ele assinou a Ordem de Serviço para que a Construtora M Duarte prossiga na construção do Projeto. A terraplenagem já foi iniciada, no espaço que divide o Centro da cidade e a Praça Cavalhada. Ele avisou que a empresa pode até adiantar o serviço aumentando o número de trabalhadores na mão obra de obra do canteiro. “O dinheiro está na conta para ser liberado conforme a entrega das etapas de construção”, destacou Francis.
Respondendo à críticas, Francis desmentiu que o dinheiro para construir o Museu é parte de um recurso do ex-deputado Pedro Henry. “Os recursos referidos passaram nas mãos de outros dois prefeitos, que não deram conta de realizar as obras. Nós fizemos as obras do Terminal Turístico Sangradouro. Já o dinheiro que vamos usar para fazer o Museu, que vai ficar na história de Cáceres, é resultado de aplicações financeiras de recursos. Seria um dinheiro devolvido para o Ministério do Turismo, que nós transformamos em obra para a população”, evidenciou o prefeito.
Francis lamentou que o IFHAN não tenha permitido que o prédio do novo Museu fosse uma réplica perfeita da sede da Fazenda Descalvados, liberando apenas parte do projeto que se assemelhava ao referido prédio centenário.
O secretário de Turismo Cultura e Lazer, Junior Trindade, disse que a Administração tem a honra de lançar a construção do prédio do Museu Histórico após 40 de sua existência. “Somos os responsáveis por guardar nossa própria história, de geração em geração, por isso, todo cuidado é pouco quando se trata de museu. É grande a preocupação em fazer algo bem feito para perdurar no tempo”, destacou Junior. O secretário lembrou a tragédia que destruiu o Museu Nacional do Rio de Janeiro, num incêndio recente. “O fogo destruiu a história não só de uma cidade, mas do mundo. Queremos evitar tragédias, para isso vamos construir um prédio com a melhor segurança possível, além de conforto e funcionalidade”, encerrou.
A vice-prefeita e secretária de Educação, Eliene Liberato, lembrou que o prefeito Francis teve a sensibilidade de optar por uma obra que abriga a história do povo de Cáceres, numa claro e nobre demonstrativo de preocupação para com a cultura de nossa gente e de quem visita Cáceres.
Convidados da Mesa de Honra, ao lado do prefeito Francis, da vice-prefeita Eliene e do secretário Junior, também estavam na Mesa de Honra e discursaram aos presentes, o professor Antonio Miguel Faria Senatore, vereador Denis Maciel, representando a Câmara Municipal, historiador Adilson Reis, e o presidente do Instituto Histórico e Geográfico de Cáceres. Ainda na Mesa, o representante da construtora M. Duarte, André Viana, secretário de Infraestrutura e Logística, Valdeci Rodrigues,
A Banda de Música do 2º BFron abrilhantou o evento, executando o Hino Nacional e o Hino de Cáceres, além músicas populares.
O Museu
O prédio terá 740 metros quadrados de construção, com uma sala principal de exposição e outras 4 salas menores para estudos em audiovisual, brinquedoteca e administrativo, além de recepção, cozinha, sanitários e uma lanchonete para os frequentadores.
A obra deverá ser inaugurada no segundo semestre do ano que vem.
O Museu Histórico de Cáceres ficará no centro da cidade. Segundo a coordenação do Museu, que funciona hoje na Praça Major João Carlos, o espaço já está pequeno para todo o acervo.
O acervo reúne quadros pintados a óleo, busto em gesso do fundador da cidade, fotografias, medalhas, livros e mobiliário. Destaca-se a sessão de arqueologia, com mais de 10 mil peças, como potes de cerâmica, que mostram os rituais e o cotidiano das tribos indígenas que habitaram as terras da região.