Uma ação conjunta da Prefeitura, Câmara de vereadores e Ministério Público atendeu a uma antiga reivindicação de moradores e derrubou, literalmente, uma boca de fumo na esquina da Avenida Getúlio Vargas com Rua das Opalas, na Cohab Velha.
A vizinhança das proximidades esperava a medida há muitos anos, pois o local servia de ponto de encontro e convivência de marginais na venda e uso de drogas, além de esconderijo de criminalidade.
Um terreno de aproximadamente mil metros quadrados cercado por muros de tijolos mantinha dois barracos, também de alvenaria, onde a marginalidade se abrigava.
Foi uma total demolição de muros e barracos, com os tratores da Prefeitura, a fim de acabar com o ponto marginal que já foi palco de assassinatos, sem contar as inúmeras ocorrência de brigas entre marginais.
O início partiu de um abaixo-assinado dos moradores do bairro, endereçado aos vereadores, que a Câmara Municipal enviou ao Ministério Público, que, por sua vez, solicitou que a Prefeitura envidasse medidas práticas para resolver o problema.
Após essa determinação, as secretarias de Fazenda e de Infraestrutura fizeram um levantamento no terreno e constaram se tratar de local insalubre, pois, além de conter amontoados de lixo que serviam de procriação ao mosquito da dengue, outros insetos e animais peçonhentos, toda a extensão murada corria risco de desmoronar, segundo relato da secretária municipal Nelci Longhi, que comandou a operação.
Após os laudos, a Prefeitura entrou em contato com a proprietária do terreno, que entendendo a situação, solicitou formalmente para que o município tomasse as providências de limpeza do local, incluindo as demolições.
Com o apoio da Polícia Militar, do Departamento Municipal de Trânsito e de fiscais de Postura do município, a Prefeitura demoliu e limpou o terreno, sob olhares e aplausos da vizinhança.
A reportagem conversou com alguns moradores e constatou a satisfação deles em ver a boca de fumo literalmente no chão. “Deus abençoe esse trabalho. A gente já não aguentava mais ser ameaçado o tempo todo, dia e noite pelos frequentadores desse lugar”, afirmou uma moradora, que preferiu não ser identificada.