Preocupado com a árdua jornada de trabalho dos profissionais da área de Saúde, em decorrência à pandemia da Covid-19, o primeiro-secretário da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa, deputado Eduardo Botelho (DEM), propôs o Projeto de Lei 274/21 que institui o Programa de Suporte Emocional (PSE).
Apresentado nesta semana em Plenário, a proposta segue para a Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR) para análise. Se aprovado, a iniciativa de Botelho representa um alívio para os profissionais, especialmente, aos que estão na linha de frente de combate à Covid-19 e tiveram que intensificar a jornada diária para salvar vidas.
O projeto beneficiará médicos, fisioterapeutas, enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem que atuam nos diversos postos de atendimento de pacientes acometidos pelo coronavírus.
Objetivo, conforme Botelho, é oferecer o acompanhamento psicológico, de forma online, resguardando as condições de bem-estar do trabalhador e, consequentemente, reduzir a ausência no posto de trabalho.
No artigo 3º do PL, fica assegurado o atendimento virtual por psicólogos voluntários, de acordo com critérios da Secretaria de Estado da Saúde.
Botelho argumenta que a pandemia da Covid-19, intensificou a jornada de trabalho e tem debilitado a saúde física e mental desses profissionais. Cita no projeto dados da Associação Brasileira de Psiquiatria, que aponta a taxa de suicídio entre profissionais de saúde é de três a cinco vezes maior do que na população em geral.
“Estes profissionais precisam de suporte para enfrentar o inimigo invisível que é o coronavírus”, defende o parlamentar, ao acrescentar que a jornada fica ainda mais difícil diante à grande demanda que deixou o sistema de Saúde em colapso, a exemplo da falta de vagas em UTIs, fato que reforça ainda mais a necessidade de se ofertar o apoio psicológico, evitando a ausência do trabalhador, causada por diversos problemas, como falta de motivação, estresse e depressão.
“Então, precisamos cuidar de quem cuida de nós. Por isso, vou defender a aprovação desse projeto!”, afirmou Botelho, que já enfrentou a Covid-19 e defende a valorização desses profissionais.