Policiais acusados de envolvimento no desaparecimento do pedreiro Rubson Farias dos Santos, de 28 anos,  podem ter colocado areia no camburão da viatura com o intuito de esconder possíveis vestígios de sangue e dificultar o trabalho pericial. Informação consta em laudo da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec), utilizado em Inquérito Policial Militar (IPM), que visa apurar o caso, ocorrido há cinco meses.

O 

 teve acesso ao documento que foi finalizado em 2 de março pelo perito criminal Potti Jacson Valles.

Rubson está desaparecido desde 29 de janeiro

, em Cáceres (a 225 km de Cuiabá). Testemunhas e familiares afirmam que ele foi tirado de dentro de sua casa e colocado na viatura policial e, desde então, nunca mais foi visto.

“Assim, conclui o perito, que não foram encontrados, pelos testes acima descritos, vestígios de sangue humano no camburão da viatura. Não se descarta a possibilidade de que a areia encontrada no camburão possa ter sido depositada ali de forma intencional, como uma tentativa de ocultar evidências”, diz trecho do documento.

Apesar da falta de sangue, perito descreveu que foram encontradas manchas de suor e gordura corporal nas paredes da viatura. Isto evidencia que uma, ou até mais pessoas, foram transportadas no compartimento.

Material genético pode ser utilizado para confronto biológico caso seja requisitado pelas autoridades policiais.

O tenente André Filipe Batista da Silva e os soldados Jeferson da Silva Leal, Eliezio Francisco Ferreira dos Santos, Kristian Batista Maia, Rodrigo da Silva Brandão e João Eduardo Silva são os militares investigados pelo crime.

Enteado de Rubson, de 13 anos, presenciou a agressão. 

Vizinhos também testemunharam

 o fato e ouviram a vítima pedindo por socorro. Ainda de acordo com o inquérito, 

existem indícios de que o pedreiro tenha sido vítima de tortura, cárcere privado e violação de domicílio

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