Uma indicação aprovada na Sessão Ordinária desta semana, no dia 2, solicita que representantes da Câmara e Prefeitura Municipal, Assembleia Legislativa do Estado, IFMT, UNEMAT, ICMBIO e SEMA façam uma visita técnica (ambiental) à nascente do Rio Paraguai, na cidade de Alto Paraguai-MT, para verificar denúncias quanto à existência de plantações de soja próximas ao leito do rio, causando-o danos irreparáveis, além da ausência de matas ciliares no local.
O autor da proposição, Vereador Franco Valério, afirma ter recebido relatos de grandes devastações próximas às margens do Rio Paraguai, inclusive em área de preservação permanente, onde as nascentes são drenadas e aterradas, prejudicando o fluxo das águas desse Rio Federal que abastece inúmeras cidades no Mato Grosso.
Franco contextualiza que o Rio Paraguai percorre Brasil, Bolívia, Paraguai e Argentina, é o principal afluente do rio Paraná e um dos mais importantes da bacia do Prata. Atravessa brevemente a Bolívia, atravessa o Paraguai e, em seu trecho final, serve de divisa entre Paraguai e Argentina, até desaguar no rio Paraná em frente à cidade argentina de Isla del Cerrito.
O Vereador enfatiza que as nascentes são a base para o surgimento e conservação de rios, lagos e córregos, sendo a etapa mais importante no ciclo hidrológico, visto que a mesma é o elo entre o subterrâneo e a superfície.
As nascentes são, também, segundo o autor da proposição, o ponto mais frágil, de fácil influência do homem, podendo conservar ou, através do mau uso do solo na atividade agropecuária e obras de estradas sem planejamento, destruir o rio.