Jane Vanini, reconhecida como heroína na luta pela redemocratização tanto do Brasil quanto do Chile, neste ano completa 50 anos de sua morte em Concepcion, na planície da paradisíaca costa chilena nas bordas do oceano Pacífico.
Como parte dos estudos de mestrado pela Universidade Alberto Hurtado, a historiadora Jimena Colombo , está em Cáceres, cidade natal de Jane Vanini, o Diário Esquerda do Chile, deslocou à conceituada jornalista Javiera Marquez como correspondente especial.
Vanini nasceu em Cáceres, em 1945, sendo que em 1967, é aprovada no concorrido vestibular da Universidade de São Paulo ( USP), onde cursa Ciências Sociais.
Lá na academia se destaca atuando como lider no Diretório Central dos Estudantes, e dali migra aos movimentos contrários ao regime militar que se instalou no Brasil com o Golpe em 1964.
Jane conhece o jornalista Sérgio Capozzi dai se torna companheira de Capozzi, logo ambos ingressam na Ação Libertadora Nacional e no Movimento para Liberdade Popular, o Molipo . Nesse período chega a vez do general gaúcho de Bagé, Emílio Garrastazu Médici, à presidência da República.
Medeci, endurece o regime ainda mais a ditadura com torturas, execuções , prisões e caça implacável contra aqueles que se opunham à sua linha ditatorial, como as execuções na Guerrilha do Araguaia e assim como nos quadrantes do Brasil.
À forte repressão fez com que inúmeros brasileiros buscassem asilo político em territórios estrangeiros com Jane Vanini, não foi diferente deixa o Brasil e abraça o Chile que Salvador Aliende imprimia um regime democrático popular naquela nação com amplas reformas de base, notadamente na educação do aguerrido povo chileno.
As ações de Aliende, provocam inveja no " Tio Sam " ( EUA), que conspira com generais conservadores até derrubar o governo de Salvador Aliende.
Jane com sangue latino nas veias ombreia junto à resistência chilena , empunhando fuzil até em combate com tropas chilenas tombar sem se entregar na cidade de Concepcion. " Sinto um orgulho imenso de minha tia Jane, prá nossa familia pantaneira e de fronteira à mais importante heroína na luta pela redemocratização tanto do Brasil quanto do Chile, fico emocionado, as lágrimas teimam em descer à minha voz embarga , só tenho a agradecer o reconhecimento do valoroso povo chileno e brasileiro ao feito e a bravura de minha tia ", finaliza Ricardo Vanini, historiador e turismologo em Cáceres.
À Universidade do Estado de Mato Grosso ( Unemat) através das professoras Maria do Socorro de Souza Araújo e Sandra Lima, estarão à frente de uma delegação que em 06 de dezembro deste ano, se fará presente em Concepcion para prestar homenagens póstumas à Jane Vanini, data em que celebrará o cinquentenário dela.