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Biólogo da Unemat se manifesta contra reinserção do Palmito e Jurupensem e favorável a exclusão do Tucunaré no FIPe de Cáceres
Por Sinézio Alcântara/Expressão Notícias
07/05/2025 - 13:00

Foto: arquivo

Biólogo da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat) professor Claumir Miniz se manifesta contra a reinserção do Palmito e Jurupensem, e favorável a exclusão do Tucunaré no regulamento e pontuação nos torneios de pesca do Festival Internacional de Pesca Esportiva (FIPE) de Cáceres. A reintegração das espécies nas competições do festival foi apresentada, através de indicação do vereador Jorge Augusto Almeida, à Secretaria Municipal de Turismo e à Comissão Organizadora de Pesca do FIPE.

Além da reinserção do Palmito e Jurupensem, o vereador sugere a exclusão do Tucunaré. Autor da proposta, Jorge Augusto argumenta que “essas espécies (Palmito e Jurupensem) fazem parte da memória afetiva e cultural do povo cacerense e ajudam a reforçar a pesca como uma atividade sustentável e culturalmente enraizada na nossa região”.

Em relação a exclusão do Tucunaré, ele justifica que “embora comum o Tucunaré é uma espécie invasora e ameaça o equilíbrio ecológico do Rio Paraguai, prejudicando a fauna nativa”. E que “a proposta busca valorizar nossas tradições, proteger o meio ambiente e fortalecer o turismo sustentável em Cáceres”.

No entendimento do professor Claumir Muniz, os argumentos do autor não contemplam os estudos sobre a captura dos pescados. E, no caso do Tucunaré recomenda acompanhar a orientação da resolução do Conselho Estadual da Pesca (Cepesca) que determina a retirada do peixe do rio por se tratar de espécie que causam danos a outras espécies.

Muniz explica que “o Palmito é um peixe de fundo e quando capturado, muitas vezes, ele coloca a bexiga natatória para fora. Isso porque, quando fisgado fica saltando fora da d’água e acaba causando danos. Esse peixe depois de capturado, manuseado, medido e devolvido ao rio pode ser que ele venha morrer” diz assinalando que esse é o motivo dessa espécie não estar na lista.

Sobre o Jurupensem, o biólogo esclarece que “essa é uma espécie que, muitas vezes, engole o anzol e quando isso acontece, na hora de retirar a fisga acaba promovendo ferimentos na boca do pescado. E, quando ele é devolvido ao rio também pode vir a morrer”. Além do Jurupensem e Palmito ele sugere a retirada do regulamento espécies como a Curvina e Peixe Cachorro que também, de acordo com o estudos, segundo ele, tem facilidade para morrer no momento da captura.

Em relação ao Tucunaré o biólogo recomenda acompanhar a orientação Cepesca. “Sobre o Tucunaré recomenda-se acompanhar o que pede a resolução do Cepesca, onde determina que espécies introduzidas na região, devem ser capturadas e retiradas do rio, por se tratar de espécies com potencial de causar danos para outras espécies nativas”. Considerado maior evento turístico de Mato Grosso, o FIPE de Cáceres, em 2025, acontecerá de 03 a 06 de julho, reafirmando sua importância como o maior evento turístico do Estado e o maior festival de pesca esportiva do Brasil.

 

 

 

 

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