Secretário de Saúde, em Cáceres, Cláudio Henrique Donatoni, vê exagero nos comentários de que a saúde pública municipal, estaria um caos, decorrente de informações sobre escassez de medicamentos, número insuficiente de agentes de saúde e até mortes de pacientes, na Unidade de Pronto Atendimento (UPA). Ele diz que, as dificuldades do setor ocorre na maioria das cidades.
“O problema de saúde não é exclusividade de Cáceres, existe na maioria das cidades do Estado e até do país Somos conscientes de que temos que melhorar, mas muito já fizemos e muito está sendo feito. É um exagero das pessoas afirmar que a saúde de Cáceres está um caos”.
No que se refere as denúncias sobre escassez de medicamentos, o secretário diz que “é uma meia verdade”. “Isso é uma meia verdade. A UPA dispõe de todos os medicamentos básicos necessários. Não dispomos apenas de medicamentos específicos hospitalares”.
Em relação a superlotação nas dependências da UPA, situação bastante criticada pela população, Donatoni explicou que “a aglomeração na UPA é resultado de pacientes que aguardam vagas para internações no Hospital Regional”. E que “isso se refere a problema de pronto atendimento em relação à demanda de vagas. Pacientes que aguardam leitos geralmente no Hospital Regional”.
O secretário garante que 100% das unidades de saúde, tanto do perímetro urbano, quando da zona rural do município, dispõe de equipamentos médicos e estrutura necessária para atendimento à população. Porém, ele admite que as reclamações existem e que, inclusive, foi necessário prestar esclarecimentos sobre a situação junto ao Ministério Público Estadual.
“Fomos solicitados, comparecemos ao Ministério Público e informados tudo sobre a questão da saúde no município” afirma secretário
Além de prestar esclarecimentos ao MP, a secretaria terá que responder a uma série de indagações requeridas pela Câmara Municipal. Entre elas, sobre o número de óbitos registrados, mensalmente, na Unidade de Ponto Atendimento, desde janeiro de 2025 até o momento, com informações sobre idade dos pacientes falecidos, causa do óbito (CID) disponível.
Autora do requerimento, a vereadora Elis Enfermeira, justificou o pedido assinalando que “infelizmente o setor de saúde do município está um verdadeiro caos. A cada dia recebemos informações sobre mortes na UPA”. O documento solicita também detalhes sobre o quantitativo de pacientes internados mensalmente e as causas da internação. Cobra informações sobre os agentes de saúde lotados na UPA.
Embora, as informações requeridas ainda não tenham sido respondidas vários casos de mortes de pacientes relacionadas a deficiência dos atendimentos na UPA se tornaram público nos últimos dias. Entre eles, o de um pai que acusa os agentes de saúde pela morte da filha de 10 anos, por falta de socorro, e da família de um militar da reserva que morreu em Cuiabá, após ter sido retirado às pressas da unidade também por falta de melhor assistência na unidade.