A empresária Elaine Barbosa de Oliveira, de 59 anos, foi brutalmente assassinada em um crime com fortes indícios de vingança ligada ao tráfico de drogas. O corpo dela foi encontrado na manhã da última sexta-feira (17 de outubro), ao lado de uma caminhonete na região do Distrito do Sucuri, em Cuiabá. Ela foi morta a golpes de faca e teve os olhos arrancados, um sinal claro de execução com crueldade.

De acordo com informações preliminares, Elaine teria sido morta como forma de represália por uma dívida de aproximadamente R$ 30 mil, contraída após o filho dela perder uma carga de entorpecentes. Ele foi preso após uma troca de tiros durante uma abordagem policial e está atualmente custodiado na Penitenciária Central do Estado (PCE), em Cuiabá.

Ao lado do corpo da empresária, os criminosos deixaram um recado na lataria de sua caminhonete Ford Ranger: “A dívida está paga”. O bilhete reforça a linha de investigação de que o crime está diretamente relacionado ao envolvimento do filho com o tráfico.

Segundo familiares, Elaine estava desaparecida desde a tarde da última quinta-feira (16), quando saiu do restaurante de sua propriedade no bairro Capão do Pequi, em Várzea Grande, para realizar uma entrega de marmitas. Desde então, não manteve mais contato com ninguém.

Informações obtidas junto à polícia indicam que Elaine já havia sido ameaçada por integrantes de uma facção criminosa, que exigiam o pagamento da dívida deixada pelo filho.

Preso na PCE, ele teria sido alertado por outros detentos de que, caso o valor não fosse quitado, os criminosos iriam atingir alguém da família. Poucos dias depois, Elaine foi sequestrada e morta de forma brutal. A Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) investiga o caso e trata o crime como execução. Os investigadores buscam imagens de câmeras de segurança, testemunhas e possíveis rastros deixados pelos assassinos. A caminhonete onde o corpo foi encontrado passará por perícia detalhada.

A Polícia Civil também apura se há ligação direta entre a facção criminosa que atua dentro da PCE e os executores do crime, reforçando a hipótese de um "acerto de contas" envolvendo o tráfico.