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Chove granizo em Cáceres
Por Diário de Cáceres
02/06/2013 - 19:53

Foto: Roni Sommerfeld/web
Uma chuva que começou forte, com ventos e a queda de granizo, começou há cerca de 20 minutos em Cáceres. Neste momento, há muitos trovões, mas a intensidade da chuva diminuiu, tendo um ritmo constante. Os granizos, que caíram por cerca de três minutos, não caem mais e a velocidade do vento é pequena. Saiba o por que ocorre a chuva de granizo: O granizo – pedras de gelo que, no Brasil, têm, em geral, de 1,5 a 2 centímetros de diâmetro – é formado nas nuvens escuras, de tempestade: os cúmulos-nimbos. Essas nuvens têm características muito especiais. Enquanto a sua base fica a cerca de um quilômetro da superfície da Terra, o seu topo pode estar a 15 quilômetros. A essa altura, faz muito frio: para você ter uma idéia, a temperatura varia de 60 a 70 graus abaixo de zero. Resultado? O que vemos formando a nuvem, a essa distância do solo, não são as tradicionais gotas de água, mas pedrinhas de gelo, que colidem umas com as outras e, muitas vezes, se unem, ganhando, assim, tamanho e peso, até que ficam grandes e pesadas o suficiente para começar a cair. Em queda, as pedras de gelo atingem alturas onde a temperatura é maior que zero. Então, começam a derreter. Dentro das nuvens cúmulos-nimbos, porém, há muitas correntes de ar ascendentes, isto é, jatos de ar para cima. Em sua trajetória de queda, é comum as pedras de gelo encontrarem uma dessas correntes, que as jogam, de novo, para o topo das nuvens, onde, como vimos, as temperaturas são menores. Conclusão: as pedras de gelo, que haviam começado a derreter, congelam de novo. As pedras de granizo podem ficar de 30 a 40 minutos nessa trajetória: subindo e descendo dentro da nuvem, por conta das correntes ascendentes. Nesse sobe-e-desce, porém, elas colidem com gotas de água e outras pedras de gelo e vão se unindo, o que contribui para aumentar o seu tamanho e peso. Até que chega um momento em que as correntes de ar não conseguem mais mantê-las no ar – e, para isso, as pedras de gelo nem precisam estar muito grandes. Se as correntes ascendentes não forem fortes, a pedra de gelo cai mais facilmente. Nesse caso, as pedras são pequenas e dificilmente chegarão ao solo inteiras: é mais provável que derretam no meio do caminho e cheguem ao chão como água. Mas se as correntes ascendentes forem fortes, serão formadas pedras de gelo maiores, que, provavelmente, chegarão inteiras à superfície. É a chuva de granizo! O granizo pode atingir o tamanho de uma bola de tênis, embora isso seja raro no Brasil. Outra curiosidade é que os maiores granizos podem cair a 30 quilômetros por hora e os menores, a até metade dessa velocidade. Além disso, se você cortar o granizo ao meio, verá que ele é formado por camadas com texturas diferentes. Isso acontece por conta do sobe-e-desce dentro da nuvem. Lembra que o granizo pode derreter em parte, unir-se a gotas d’água e também a outras pedras de gelo já formadas? Pois é: a água que se juntou a ele e que depois acabou congelando terá uma textura diferente da dos cristais de gelo. Daí a formação das camadas.
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