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Francis defende eleições em outubro; Leonardo diverge
Por Sinézio Alcântara
15/04/2020 - 12:29

Foto: Ilustrativa

Principais lideres políticos de Cáceres, o prefeito Francis Maris Cruz (PSDB) e o deputado federal doutor Leonardo (SD) se divergem a respeito do possível adiamento das eleições municipais. Por outro lado, a maioria dos pré-candidatos a sucessão municipal, defende o adiamento, de outubro para dezembro, conforme vem sendo cogitado pelos ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) devido a pandemia do coronavirus.

“Sou de opinião que as eleições devem ocorrer no mês de outubro, conforme está prevista. E, só em último caso, se continuar a pandemia da coronavirus ser adiada” diz Francis sugerindo, inclusive, que a eleição suplementar para senador seja realizada com as eleições municipais. “O país, assim como o resto do mundo, certamente passará por uma situação econômica difícil. Seria uma forma de economizar, neste momento de crise” justifica.

Doutor Leonardo diz que o momento não é apropriado para discutir eleições, mas sim focar energias e tomar medidas necessárias para que a Covid-19 seja minimizada no país. “Mas, lá na frente em julho ou agosto podemos discutir eleições. Mas, sou de opinião que se for necessário devemos sim adiar”.

“Se não tivermos perspectivas de conter o avanço do coronavuris até o mês de maio ou junho, o sensato será adiar. Até mesmo porque, não teremos tempo suficiente para cumprir os prazos para andamento do processo eleitoral” afirma a vice-prefeita Eliene Liberato Dias, pré-candidata do PSD.

Para o ex-prefeito Túlio Fontes, pré-candidato do PV, o adiamento das eleições é questão de bom senso. “É questão de bom senso. Já que não há vacina ou medicamentos comprovadamente eficazes contra a doença a melhor conduta é o isolamento social. Assim sendo, como pensar em reuniões, filas e aglomerações próprias de eleições?” indaga a acrescentando: “que sejam adiadas as eleições para preservar a saúde e a vida da população”.

“Entendo que a prioridade no momento é a somatória de esforços para combater a pandemia do coronavirus. Não temos que discutir eleições agora. Isso pra mim é muito pequeno. Sou de opinião de que deve ser adiada para dezembro ou até o ano que vem” diz o professor Adriano Silva, pré-candidato do DEM.

Pré-candidato do Patriota Valdeci Rodrigues diz que entende que o momento não é adequado para discutir eleições. Porém, afirma que irá acatar as decisões da Justiça Eleitoral. “Passamos por uma situação muito difícil, em razão dessa pandemia. Mas, vou acatar quaisquer que sejam as decisões que forem tomadas pela TSE” assegura.

A exemplo do prefeito Francis e do deputado doutor Leonardo, os dois eminentes pré-candidatos do PSC, vereadores José Eduardo Torres e Valdeníria Dutra Ferreira, também tem opiniões diferentes sobre o assunto.

“Eu sou de opinião de que deve adiar sim. O momento não é oportuno. A população está vivendo tempos de insegurança e medo. Temos que respeitar. As eleições podem esperar até dezembro” opina Valdeníria. Por sua vez Torres diz que “se a situação do coronavirus não for amenizada temos que adiar. Mas, se já houver melhora, o correto seria ser mantida para outubro” diz justificando que “o adiamento irá beneficiar quem não se programou para o pleito”.

“Esse tema (adiamento das eleições) não é prioridade no momento. A prioridade agora é a saúde e a vida da população. Por isso, sou de opinião de que deva sim ser adiada” avalia o ex-vereador Marcinho Lacerda, pré-candidato do MDB, acrescentando ainda que, também é favorável que a eleição suplementar de senador aconteça simultaneamente com a de prefeitos e vereadores. Assim como a justificativa do prefeito, Marcinho ressalta a questão econômica.

Ministros cogitam adiamento

Os ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) cogitam adiar as eleições municipais de outubro para dezembro, devido à pandemia do coronavírus. A decisão sobre a data das votações deve ser tomada entre fim de maio e início de junho, a depender da situação sanitária do país.

Ainda que o quadro não esteja definido, os ministros descartam a possibilidade de prorrogação dos mandatos atuais. Isso aconteceria se as eleições fossem reagendadas para 2021. Ou, ainda, se houvesse unificação com as eleições gerais de 2022.

A saúde pública, a saúde da população é o bem maior a ser preservado. Por isso, no momento certo será preciso fazer uma avaliação criteriosa acerca desse tema do adiamento das eleições. Mas nós estamos em abril. O debate ainda é precoce. Não há certeza de como a contaminação vai evoluir.

Na hipótese de adiamento, ele deve ser pelo período mínimo necessário para que as eleições possam se realizar com segurança para a população. Estamos falando de semanas, talvez dezembro — disse o ministro Luís Roberto Barroso, que vai presidir o TSE a partir de maio.

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