A Câmara Municipal propôs no dia 09/11, uma discussão sobre o potencial de Cáceres para a instalação de um polo de indústria naval, tal qual já ocorre no município de Juruá, no Acre. A indicação é de autoria do vereador Márcio Paes da Silva de Lacerda, presidente da Câmara Municipal de Cáceres.
“A Câmara já está contribuindo para a chegada de novas frentes de emprego em Cáceres, tendo efetuado o repasse de R$ 200 mil reais para a finalização dos projetos da Zona de Processamento e Exportação (ZPE). A proposta agora é que o município comece a estudar as atividades com potencial de geração de renda para o município e que estejam atreladas a proposta da ZPE”, afirmou Marcio Paes da Silva de Lacerda, o vereador Marcinho.
O “Projeto Navegar”, propõe tornar Cáceres um polo de construção de embarcações para abastecer toda a região de influência do rio Paraguai. A ideia é que sejam realizados estudos que indiquem se há condições e quais seriam as melhores regiões para abrigarem essa instalações, bem como promover estudos sócio econômicos e ambientais relacionados a essas iniciativas.
A indústria naval emprega hoje, no Brasil, cerca de 78 mil trabalhadores. A atividade cresceu devido aos apoio do governo federal que implementou o Programa de Renovação da Frota de Apoio Marítimo (Prorefam) que tem como objetivo substituir e estimular a produção de embarcações nacionais. Outra importante iniciativa do setor é o Programa Navega Brasil, que estimula o crédito aos armadores e estaleiros.
As regiões onde já existe uma consolidada indústria de estaleiros no Brasil são: Rio de Janeiro, Pernambuco (polo de Suape) e Jura, no Acre. O polo industrial naval acreano é o único à margem dos grandes rios nacionais e receberá um investimento de 3 milhões do governo federal para a construção de quatro galpões estaleiros que aturam com a construção de pequenas embarcações até barcos maiores para suprir a demanda de navegação do rio Juruá, no Acre.
O objetivo do “Projeto Navegar” é tornar Cáceres um Polo de Indústria Naval. A cidade já conta com um posto da Marinha do Brasil e um pequeno estaleiro, de propriedade do Capitão Renato, responsável pela manutenção e construção das embarcações da região.