Duzentos e nove pessoas perderam a vida por conta de acidentes nas rodovias federais de Mato Grosso neste ano, dados esses registrados do início de janeiro até o fim de novembro (30). Conforme um balanço divulgado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), foram registrados 3.339 acidentes neste mesmo período nas cinco rodovias que cortam o estado: BR-070, BR-158, BR-163, BR-174 e BR-364. No total, 2.396 pessoas ficaram feridas.
A PRF apontou que somente na BR-364 foram registrados 1.319 acidentes, com 67 vítimas fatais e 814 feridos. Já na BR-163, houve 915 registros de acidentes, com 60 mortes e 676 feridos. A BR-070 também registou um número elevado de ocorrências com 730 acidentes e 53 mortes registradas além de 622 feridos. Porém, BR-158 foi a rodovia que registrou menos acidentes do que as outras em Mato Grosso, o trecho contabilizou 150 ocorrências de acidentes, com nove óbitos e 106 feridos, isso porque, conforme a PRF, o trecho tem um fluxo menor de veículos. Já na BR-174 ocorreram 225 acidentes, com 20 mortes e 178 feridos registrados do início do ano até ontem.
Um desses óbitos registrados ocorreu ontem (30). A PRF informou que no km 474 da BR-364, região de Jangada, um acidente envolvendo um caminhão e uma carreta provocou duas vítimas. Uma delas foi removida para o Pronto Socorro de Cuiabá em estado moderado. Já a outra vítima morreu no local. Segundo a PRF, os veículos se colidiram frontalmente e acabaram carbonizados. O Centro de Controle Operacional (CCO) da PRF relatou que a ocorrência foi registrada por volta das 5horas.
A Polícia Rodoviária informou ainda que o número de acidentes neste ano em Mato Grosso teve uma queda em comparação ao mesmo período do ano passado. Segundo a PRF, 280 pessoas morreram por conta de acidentes nas rodovias federais no estado no ano de 2014. A instituição registrou no referido ano o total de 4.428 acidentes. Já em 2013, foram 4.552 acidentes, com 297 mortes.
Para o superintendente da PRF em Mato Grosso, Arthur Nogueira, 85% desses acidentes nas rodovias federais são por conta de causas humanas. “Muitos casos de imprudências. Motoristas que não respeitam o limite de velocidade. Não usam cinto de segurança. Não respeitam a sinalização e ultrapassam em lugares proibidos gerando com isso risco para vida dele e de outas pessoas”, alertou Nogueira.
Segundo o superintendente, hoje as rodovias contam com 52 policiais rodoviários e 15 postos da PRF para fiscalizar todas as vias federais. “O problema não está na falta de fiscalização ou na sinalização das vias, mas na falta de planejamento e prudência dos motoristas”, afirmou.