Mato Grosso é o Estado com maior incidência de casos prováveis do vírus da zika no Brasil. Os dados são do boletim epidemiológico do Ministério da Saúde. A pesquisa foi realizada entre janeiro e o dia 11 julho. No estado, a incidência é de 612 casos a cada 100 mil habitantes, maior que a média nacional, que é de 81,2 casos. 

Conforme o boletim do Ministério da Saúde, Mato Grosso já registrou 19.985 casos no período. Em números absolutos, ficou atrás de Bahia (46.427 mil) e Rio de Janeiro (46.027), mas a proporção de casos é maior no estado devido a quantidade de habitantes. O levantamento aponta ainda que a região Centro-Oeste é a localidade do país com maior incidência dos casos, com 163,5 casos a cada 100 mil habitantes. 

Em relação à morte causada pelo vírus zika, o Ministério da Saúde aponta que uma foi registrada em 2016. Quanto às gestantes, foram notificados 13.073 casos suspeitos da doença, segundo o levantamento. Os casos de zika vírus começaram a ser notificados em abril de 2015 após a confirmação da transmissão autóctone de vírus da zika no país. 

Importante frisar que o principal transmissor do vírus da zika é o mosquito Aedes aegypti, que, quando infectado, pode passar a doença pela picada. Devido a relação entre a microcefalia e o vírus da zika, a orientação do Ministério da Saúde é que mulheres grávidas adotem medidas que eliminem a criadouros do mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença.Além de manter as portas e janelas fechadas ou com tela, usar calça e camisa de manga comprida e ainda, usar repelentes próprios. 

A Secretaria de Estado de Saúde orienta a população para evitar os criadouros dos mosquitos que pode transmitir a dengue, a febre chikungunya e o zika vírus. Isso porque que 80% dos criadouros do mosquito estão nas residências, por isso é importante o envolvimento da população. 

Microcefalia – Boletim divulgado pelo Ministério da Saúde ontem aponta que, até 16 de julho, foram confirmados 1.709 casos de microcefalia e outras alterações do sistema nervoso, sugestivos de infecção congênita. Permanecem em investigação pelo Ministério da Saúde e pelos estados 3.182 casos suspeitos de microcefalia em todo o país. Desde o início das investigações, em outubro do ano passado, 8.571 casos foram notificados ao Ministério da Saúde. Destes, 3.680 foram descartados. Em Mato Grosso 91 casos estão em investigação, 35 foram confirmados e 126 descartados. Ao todo o Estado acumula 252 casos.