Diante da suspeita de falsificar a assinatura do presidente partidário em Cáceres, a Justiça Eleitoral determinou que a Polícia Federal (PF) realize perícia para certificar a suspeita de adulteração de uma rubrica feita pelo PSD de Cáceres.
O líder do próprio partido na cidade, o médico Sérgio Arruda, categoricamente nega ter assinado a procuração que originou uma ação de investigação judicial contra o deputado Professor Adriano (PSB). Fato e Notícia divulgou o caso após uma conversa de WhatsApp.
O processo é resultado do pleito eleitoral de outubro passado travado entre o pessebista e o prefeito reeleito de Cáceres, Francis Maris (PSDB). À época, o PSD ensaiava lançar Dr. Sérgio Arruda à majoritária.
Porém, o presidente preferiu recuar da disputa, restando como alternativa a aliança com o tucano, considerado em outros tempos o maior rival do principal líder do partido na cidade, o deputado Dr. Leonardo Albuquerque (PSD).
A rusga com Francis aconteceu em 2012, numa disputa acirrada pela Prefeitura de Cáceres, cuja diferença nas urnas foi de pouco mais de 300 votos a mais para o tucano.
Licença deputado Max
A votação, no entanto, consagrou Leonardo mais tarde, em 2014, deputado estadual. O que Albuquerque não esperava era ter de dividir espaço no Parlamento Estadual com o primeiro suplente, Professor Adriano, que assumiu recentemente após a licença do deputado Max Russi (PSB) para comandar a Secretaria de Estado de Trabalho e Assistência Social (Setas).
No estilo “o ataque é a melhor defesa”, o PSD de Cáceres decidiu representar contra Adriano em 15 de dezembro, data em que a procuração teria sido assinada por Sérgio.
Naquele momento, a ascensão do suplente ao Parlamento era certa, depois de uma intensa articulação do PSB junto ao Governo com o objetivo de ampliar a ocupação dos espaços na estrutura do Estado, com o advento da reforma administrativa.
Sobretudo, pesa no contexto da ação 13.189 votos (35,1%) obtidos por Adriano contra 22.372 (62,9%) de Francis. Um crescimento ascendente de mais de 200% do número de votos se comparado aos mais de 4.000 obtidos somente em Cáceres, em 2014, quando lhe restou a suplência.
Assim, as peças do tabuleiro eleitoral de 2018 já se projetam, ao passo que Sérgio Arruda dá garantias de não ter assinado cheque em branco. Porém, em xeque, o que fica é a existência da autenticidade dos atos do PSD. Quem vai dizer é a Polícia Federal.
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