O jogo suicida da “Baleia Azul” motivou mais um registro policial em Cuiabá. Desta vez, um curador do jogo adicionou no WhatsApp uma menina de 12 anos do bairro São Gonçalo, periferia da Capital. Ao ser adicionada, ela ficou desesperara e saiu correndo para contar ao pai, com quem mora. O pai, por sua vez, acionou a irmã mais velha, Daniela da Silva Fiuza, 22, que foi à Central de Flagrantes no sábado (29) registrar Boletim de Ocorrência.
Daniela, que mora com a avó, conta que a irmã, D.C.S.F., não é depressiva, mas usa muito o Facebook, para postar várias coisas. Na página dela, conforme a irmã, são dadas muitas curtidas, porque a menina é bonita e “famosinha” na escola, e talvez o curador pudesse pensar nela como um alvo interessante por causa disso.
“Um tal de Guilherme adicionou minha irmã e disse para ela não falar nada para ninguém e nem sair do grupo, senão ele iria atrás dela”, narrou Daniela, que é operadora de caixa de supermercado e fez questão de tratar sobre o assunto publicamente para alertar os pais das “coleguinhas”. Segundo ela, uma outra menina da mesma escola de D. também foi adicionada.
No grupo em que a vítima está há 5 meninas e o curador. Na noite de sexta-feira (29), ele a chamou no particular e passou os 50 passos. O primeiro, conforme a irmã dela, seria cortar os braços com lâmina velha não muito fundo e postar a foto no grupo ou no Facebook. “Minha irmã não conseguiu dormir direito. Foi para a casa da vó, onde eu moro, para dormir com a gente”, detalha Daniela. O desafio de número 50 repassado à menina seria pular de um prédio em Cuiabá.
Dez participantes do “Baleia Azul” já foram identificadas na Grande Cuiabá. Todas mulheres, já mutilaram o corpo e foram ouvidas pela Gerência de Combate aos Crimes de Alta Tecnologia (Gecat).