Os estudantes da Universidade de Mato Grosso (Unemat) paralisaram as atividades e interditaram os blocos do campus da instituição em Cáceres, a 220 km de Cuiabá, na segunda-feira (11), para cobrar melhorias na estrutura na unidade. Em protesto, os alunos “interditaram” os blocos dos prédios didáticos do campus.
As atividades, segundo o representante do Diretório Central do Estudantes da Unemat (DCE), Paulo Cézar Barbosa, estudante de educação física, devem ficar suspensas até a próxima quinta-feira (14). Antes disso, os alunos devem se reunir com o governador Pedro Taques (PSDB) para uma reunião.
“Vamos expor os nossos problemas nessa reunião junto com a reitoria. O futuro do movimento depende dessa reunião”, afirmou Paulo Cézar.
Entre as reivindicações, os alunos apontam problemas na estrutura dos prédios. As salas dos blocos dos cursos de agronomia, educação física e medicina estão com problemas no telhado. "Quando chove, as salas ficam alagadas", completou o representanto do DCE.
Na segunda-feira (11), os estudantes protestaram. A estimativa dos estudantes é que cerca de 400 pessoas tenham participando do ato.
O presidente do DCE explicou que já foi realizado um processo licitatório para a reforma do telhado, mas que a empresa vencedora desistiu de prestar o serviço, pois tem dívida para receber do estado por outras obras já realizadas.
Para ele, a autonomia financeira ajudaria a solucionar vários problemas enfrentados atualmente no campus, entre eles o de infraestrutura.
"Os outros órgãos recebem regularmente todo o valor previsto no orçamento. Inclusive, a Assembleia Legislativa de Mato Grosso teve sobra no caixa e comprou ambulâncias para os municípios com o dinheiro que sobrou e porque a Unemat não recebe?", questionou.
Hoje, segundo ele, a universidade é refém do estado. "A Unemat não tem caixa própria para e fica refém do estado. E a gente não vê ninguém reclamar", reclamou.
Também há atrasos nas bolsas e auxílios alimentação e moradia. Segundo a Unemat, ainda não foram pagos os valores referentes a novembro. De acordo com a instituição, os repasses estão em atraso. Foram deixados de repassar R$ 9 milhões neste ano. São 19 obras em andamento e que estão paradas porque a universidade não tinha recursos para fazer a contrapartida dos projetos, com recursos federais.
O governo foi procurado, mas ainda não se manifestou sobre o assunto.