Os animais farejam materiais ilícitos nas unidades prisionais, além de inibir tentativas de fugas, motins e ainda contribuem para segurança fora da unidade.
Um trabalho que muitas vezes passa despercebido aos olhos da sociedade tem ajudado os agentes penitenciários na segurança das unidades penais do Estado, o uso de cães adestrados na guarda de custodiados e atividades rotineiras como busca de materiais ilícitos. Essa é a realidade da Cadeia Pública de Barra do Garças que desde agosto de 2017 implantou um canil na unidade, fruto de parceria do Judiciário da Comarca de Barra do Garças, Conselho da Comunidade e do Diretor da unidade, Jaílson André.
A utilização dos cães tem sido constante tanto dentro da unidade, como fora dela, e nessa semana, o cão Half que integra o canil acompanhou o agente penitenciário, Gustavo Ferraz na guarda de oito recuperando na realização de serviços sociais, na Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE).
A ação faz parte do projeto Novos Passos, desenvolvido dentro da unidade e tem como foco prestar serviços para a comunidade, onde os detentos saem da unidade com autorização do Juiz da Vara de Execução Penal e do Diretor, quando solicitado principalmente por instituições que realizam trabalhos sociais, como foi o caso da APAE, onde os recuperando adequaram um espaço, construindo uma calçada, se tornando mais acessível para as pessoas com deficiência.
O Agepen Gustavo que foi o idealizador do projeto do canil da unidade e busca incansável pela regulamentação do projeto. Para que o trabalho fosse realizado com segurança a unidade disponibilizou Gustavo acompanhado do cão para fazer a custódia dos presos que realizavam o trabalho.
Os servidores comemoram a criação e contam que desde a implantação do canil os cães tem sido de grande importância para o desenvolvimento das atividades tanto na unidade como fora, bem como também participação em projetos sociais levando o nome do sistema penitenciário. Para o idealizador, o trabalho com cães é excepcional e traz pontos positivos dentro de uma unidade prisional. "Os cachorros são uma arma muito potente, inibindo possíveis tumultos e ajudando a garantir a segurança da muralha das unidades prisionais. No período noturno, a contribuição deles na segurança de uma unidade prisional pode chegar a 50%, sendo importante ferramenta de auxílio às forças de segurança pública e traz grandes resultados, pois eles são adestrados para farejar substâncias entorpecentes, busca e resgate de pessoas desaparecidas e vítimas de afogamento, guarda e proteção e busca e captura de criminosos, entre outras funções", afirma o agente.
O Presidente do Sindicato dos Servidores Penitenciários do Estado de Mato Grosso (Sindpen-MT), João Batista parabeniza aos servidores pelos trabalhos desenvolvidos na unidade de Barra do Garças, em especialmente ao agente penitenciário Gustavo, pela dedicação a esse trabalho que trouxe mais segurança nas operações realizadas na unidade e ressalta a importância do trabalho desenvolvido pelo Agepen no adestramento de cães.