Segundo a FNP, Frente Nacional dos Prefeitos, o município de Cáceres continua entre os municípios de baixa receita per capita e alta vulnerabilidade socioeconômica. Pela pesquisa g100, grupo que engloba as cidades brasileiras com mais de 80 mil habitantes, editada neste ano, a cidade está na posição de número 43, entre as 100 do grupo, apontada com índice 0,2664.

Porém, e apesar da crise fiscal no país, Cáceres figura na lista como um dos municípios que apresentaram aumento da receita per capita, registrando índices superiores a 20%, entre 2012 e 2016, passando de R$ 26 para R$ 159 com cerca de 84% de variação positiva. Essa melhora colocou o município entre os 100 da lista capazes de expandir a capacidade de investimento.

Apesar disso, a situação continua difícil, conforme o prefeito Francis Maris Cruz, que participou no início desta semana da 74ª Reunião Geral da FNP, em São Caetano do Sul, São Paulo, onde o assunto foi debatido. “Cáceres continua com baixa arrecadação de recursos financeiros, com baixos repasses do FPM e os custos de saúde, assistência social e operacionais muito altos. O trabalho continua e a nossa esperança é poder contar com a colaboração dos cidadãos, com o pagamento de impostos em dia”, frisou o prefeito.

Ainda segundo a publicação anual do g100, em relação aos demais municípios populosos o Grupo não apenas mantém os níveis alarmantes de desigualdade, como tem emitido indicadores de piora. “Desde a sua idealização, jamais o g100 esteve em situação tão difícil”, assegura o editorial da publicação.

A Reunião Geral da FNP

Os prefeitos reunidos aprovaram na terça-feira (27), a carta “Mais Brasil, menos Brasília”, em São Caetano. Entre os pleitos da Carta, estão as reformas da previdência, tributária e de Estado. Para uma ideia dos custos de gestão, os municípios aplicam 56% dos seus recursos em assistência social.

O documento é uma “diretriz de atenção municipalista” e reúne as principais demandas das cidades, que será entregue ao presidente da República eleito, Jair Bolsonaro.