A comerciante Alessandra Ribeiro do Prado, mãe de um dos soldados do Exército que se envolveu no acidente que destruiu totalmente o veículo HB-20 e, parcialmente, uma casa na Avenida dos Bandeirantes, bairro Santos Dumont, diz que o seu filho é um jovem direito e que “estava na hora errada e no lugar”.
“Não que eu esteja passando a mão na cabeça dele. Meu filho não estava bêbado, meu filho é um jovem direito. Ele só estava na hora errada e no lugar errado” garante. Alessandra é mãe do soldado que dirigia o carro. O acidente envolvendo três soldados ocorreu na noite de segunda-feira por volta das 22h.
Na tentativa de escapar da Polícia Militar, os soldados colidiram, destruindo parcialmente a casa. Consta no Boletim de Ocorrência, que além de o condutor do veículo não portar habilitação, havia no interior do veículo, carne e algumas latas de cerveja. O que sugere que estivessem fazendo uma festa.
E, ainda duas garotas, supostamente, menor de idade. Sem contar que eles, desobedeceram a ordem de parada do veículo, orientada pela guarnição policial, resultando em perseguição e o acidente. As duas garotas feridas foram socorridas e encaminhadas ao Hospital Regional, pelo Corpo de Bombeiros.
“No meu entendimento foi uma fatalidade” diz Alessandra contando que, os soldados estariam indo a uma confraternização. “Havia saído dinheiro do quartel e eles se reuniram para fazer uma confraternização entre os colegas. Meu filho saiu para buscar uma garota que era namorada de um colega dele”.
Diz que, ele havia tomado apenas uma lata de cerveja até porque, segundo ela, ele estava restabelecendo de uma doença.
“Ele ficou internado no mês passado com um problema nos rins. Tomou apenas uma latinha de cerveja. Foi uma fatalidade” afirma assegurando que “ele não parou o carro porque ficou com medo e se apavorou não ter habilitação” diz confessando que “eu errei por ter dado chave do carro a ele”.
A comerciante reafirma que seu filho é um rapaz direito que nunca fez nada de grave que pudesse comprometer sua idoneidade. “Ele é um rapaz direito. Mas, agora ele vai ter que pagar pelo erro que praticou” diz assinalando que está procurando as famílias das garotas que saíram feridas do acidente para ajudar no que for necessário.
Coronel Ricardo Vieira Coelho, do Comando de Fronteira do Jauru, antigo 2º Batalhão de Fronteira, informou a pouco que os três militares envolvidos no acidente estão presos à disposição da Justiça. Disse ainda que o comando instaurou um procedimento disciplinar para apurar o caso. E, que se comprovado que eles foram responsáveis pelo acidente podem ser excluídos do Exército.
“Eles já estão presos no batalhão à disposição da Justiça. São jovens de 19 anos. Mas, nada justifica o que fizeram. Inicialmente serão punidos. E, caso o procedimento militar conclua que eles cometeram crimes podem ser excluídos à bem da disciplina do Exército. O processo disciplinar terá prazo de 8 dias. Só após o resultado desse trabalho e que se saberá o grau de punição aos acusados.