Uma simulação de roubo com reféns em uma loja de telefones celulares do Shopping Estação, em Cuiabá, mobilizou na manhã deste domingo (22.11) mais de 50 policiais militares, equipes do Corpo de Bombeiros, Samu, Semob, Ciopaer, além de seguranças e funcionários do centro comercial.
A ação, coordenada pelo comandante do Batalhão de Operações Especiais (Bope) da Polícia Militar, tenente-coronel Ronaldo Roque da Silva, mostrou uma situação de grave crise, com disparo de tiros, ameaças de morte de reféns e de detonação de explosivo, socorro do Samu ao refém, iminência de confronto com policiais, entre outras intercorrências.
Como ocorreu a simulação: o roubo seria praticado por um grupo de integrantes de facção criminosa. Três homens e uma mulher invadiram a loja de celulares da Samsung e fazer gerente, funcionários e clientes reféns. No momento da invasão e anúncio do assalto, a gerente conseguiu acionar o alarme e uma cliente saiu correndo e gritando “é assalto, é assalto...”
Um segurança do shopping se aproximou da loja para averiguar e confirmar se ocorria um roubo. Nesse momento, a Polícia já havia sido acionada pela coordenação de segurança, uma vez que o alarme disparou. Informações complementares foram repassadas às autoridades policiais a partir da confirmação do segurança.
A primeira equipe da PM a chegar foi da unidade da região, o 10º Batalhão, e os assaltantes reagiram. Conforme a situação se agravava, em função da recusa dos ladrões em aceitar o comando dos policiais para se entregar e das ameaças aos reféns, chegavam equipes das unidades especializadas, do Batalhão Rotam e em seguida do Bope. Do entorno shopping outros policiais cercavam o local e buscavam a identificação de possíveis apoiadores dos assaltantes.
A negociação para rendição dos suspeitos, conduzida por um oficial do Bope, se estendeu por mais de 1h. Os suspeitos faziam exigências, entre elas, um carro para fugir. Ao final o roubo foi frustrado, os reféns libertados e os ladrões presos.
O comandante do Bope, tenente-coronel Roque, explicou que a simulação teve como objetivo aprimorar o treinamento dos policiais, fazendo a atuação chegar o mais próximo possível de uma ocorrência real.
Roque avaliou o treinamento como de extrema relevância para o Bope e todo o sistema de segurança pública na medida em que podem colocar em prática ações que seriam praticadas em ocorrências reais. No caso da simulação, observou, podem parar para verificar e reavaliar o próprio cenário e as medidas adotadas. O próximo passo, segundo Roque, é a produção de relatório e realização de estudo de caso com a finalidade de discutir os pontos favoráveis e os que necessitam de correção.
Para Anderson Alves, superintendente do Shopping Estação, a ação aproxima o centro comercial das forças policiais, além de mostrar aos integrantes da segurança interna uma situação simulada de violência de uma maneira mais próxima da realidade.