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Escolas Estaduais de VG suspendem atividades por contaminação da Covid-19
Por Roseli Riechelmann/Assessoria de Comunicação Sintep
17/02/2021 - 19:00

Governo mantém presença física de profissionais nas unidades colocando em risco à saúde desses trabalhadores — Foto: arquivo

Cinco escolas estaduais de Várzea Grande apresentaram casos de Covid-19, após a retomada de atividades presenciais com professores. Três delas estão com as atividades suspensas esta semana. A Escola Estadual Ubaldo Ribeiro, no Jardim dos Estados; EE Porfíria Paula de Campos (Santa Isabel) e EE Fernando Leite de Moraes. As demais, EE Professora Vasti Pereira, no Mapim, estava atuando apenas com funcionários; e a Escola Estadual Especializada CHP Célia Rodrigues Duque, na região central, permanece em atividade.

 

No início da semana, um professor da Escola Estadual Porfíria Paula, apresentou os sintomas, após a esposa ter diagnosticado positivo para Covid-19. Os demais educadores quando souberam, cobraram posicionamento da direção, que suspendeu as atividades até a próxima segunda-feira (22.02).

 

O mesmo professor positivado na Escola Porfíria dá aulas em mais duas escolas estaduais na Várzea Grande – EE Adalgisa de Barros e EE José Leite de Moraes. Contudo, os profissionais dessas unidades não correm risco de contágio, já que estão em atividades remotas. A situação da EE Porfíria de Paula está preocupando os docentes. A permanência de atividades presenciais na escola, com a proximidade, apesar da máscara e do álcool gel, é um risco que não querem correr.

 

A EE Fernando Leite emitiu um comunicado nas redes sociais informando a suspensão das atividades nesta quinta e sexta-feira (18 e 19.02), após casos de Covid-19 confirmados. As informações repassadas não citaram quantos casos ao certo, apenas que a suspensão ocorreu para que “a direção tome medidas sanitárias para o retorno em segurança”.  

 

No CHP Célia Rodrigues, as atividades permaneceram regulares após o afastamento da professora, há duas semanas. Conforme apurado, a professora usava máscara regularmente e foi afastada assim que o quadro foi diagnosticado. A escola está sem aulas presenciais com estudantes, mas os cerca de 16 profissionais que atuam na unidade permanecem em serviço.

 

Na Escola Estadual Vasti Pereira, foram dois casos confirmados e dois com suspeitas. “A constatação dos casos nessas três unidades – Ubaldo, Porfíria e Vasti – chama a atenção pela proximidade entre os bairros”, destaca a dirigente do Sintep Várzea Grande, Cida Cortez.

 

Mas, para além desse fato, Cida Cortes chama a atenção para o diagnóstico em funcionários na Escola Vasti. “Eles já estavam atuando antes mesmo dos professores, foram ignorados pelo governo, como se a profissão - Técnicos e Apoios Administrativos – fosse imune ao vírus. Estiveram na linha de frente no período de matrículas e foram os que ficaram expostos ao risco o tempo todo”, destacou a dirigente.

 

 

O quadro só vem a confirmar a defesa recorrente do Sindicato, “aulas presenciais apenas com a vacinação''. A situação da pandemia não pode ser conduzida de forma irresponsável, como se fosse apenas uma gripezinha”. O número de casos registrados, inclusive, com o aumento do número de mortes e ocupações de leitos, neste início de 2021, confirmam que as escolas são um espaço oportuno para a propagação do vírus. O capital humano tem sido desrespeitado pela gestão Mauro Mendes, que ainda não assegurou medidas necessárias para preservar os profissionais”, afirma o dirigente do Sintep/MT e da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Gilmar Soares.

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