Palestra educativa voltada aos colaboradores da unidade busca promover acesso à informação sobre a síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS)

Nesta terça-feira (14), os colaboradores do Hospital São Luiz (HSL), em Cáceres (MT), participaram de uma palestra sobre os avanços científicos e os desafios sociais perante a AIDS e o vírus da imunodeficiência humana (HIV). 

A ação integra a campanha nacional Dezembro Vermelho, que marca o mês de mobilização para prevenção, assistência e proteção de pessoas portadoras do HIV, bem como da AIDS, e de outras infecções sexualmente transmissíveis (IST).

De acordo com a UNAIDS, Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS, as novas infecções pelo HIV foram reduzidas em 52% desde o pico em 1997. Em 2020, cerca de 1,5 milhão de pessoas foram recentemente infectadas pelo HIV. O órgão aponta ainda que apesar da redução de 64% das mortes relacionadas à AIDS desde o pico em 2004, 680 mil pessoas morreram por doenças decorrentes da AIDS em todo o mundo no ano de 2020.

No Brasil, dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), mostram uma queda de 20,7% na aparição de novos casos da doença, entre 2019 e 2020. Entretanto, a quantidade de óbitos ainda é alta, com 10.417 registros no ano passado, apresentando redução de apenas 2,52%.

A AIDS é uma síndrome infectocontagiosa transmitida pelo vírus HIV, que ataca o sistema imunológico e causa perda gradual da imunidade. O que, em estágios avançados, abre espaço para o aparecimento de outras doenças oportunistas, como tuberculose, pneumonia, meningite, entre outras.

No evento do Hospital São Luiz, a psicóloga convidada Nathienne Silva, destacou que o preconceito contra portadores do HIV acaba prejudicando o combate à doença. “O preconceito e o estigma são obstáculos para prevenção e tratamento sobre o HIV. Isso porque o receio em ser discriminado distancia o indivíduo pela busca por informações, e desencoraja pessoas infectadas a revelar sua sorologia”.

Já a enfermeira especialista em saúde pública, Cátia Virginia, ressaltou que os avanços científicos possibilitaram melhor qualidade de vida aos acometidos pela doença. “O avanço da medicina possibilitou a redução de medicamentos, gerando maior eficácia no tratamento. Hoje existem medicamentos de dose única aprovados pela Anvisa para tratamento completo contra a infecção”, declarou a convidada. 

Para Wallace de Almeida, diretor Hospitalar do HSL, a roda de conversa foi de grande valia para os colaboradores praticarem o atendimento humanizado. “Justamente por ser da área da saúde e saber como esse tema era abordado anteriormente no âmbito social e hospitalar, as informações direcionadas a cada colaborador são relevantes para entender as transformações nesse cenário, e a importância de praticar assistência humanizada ao paciente”.

O São Luiz é uma entidade própria da Pró-Saúde, uma das maiores entidades filantrópicas de gestão hospitalar do país. O hospital é referência no atendimento de média e alta complexidade para 22 municípios na região Centro-Oeste do Brasil, e para as cidades de San Matias e San Ignacio de Velasco, na Bolívia.