Presidente estadual do Solidariedade, deputado federal Dr Leonardo demonstrou incômodo com o excesso de candidatos a deputado federal da região de Cáceres e que pode complicar o seu projeto de reeleição.
Segundo ele, a região oeste do Estado conta com 9% do eleitorado mato-grossense, e que o ideal seria que todas as lideranças se unissem para conseguir manter representatividade da região no parlamento.
"O que atrapalha é quem não tem serviço prestado, quem quer fazer por fazer, quem não tem compromisso com o povo, quem quer fazer um mandato pra se servir, pra roubar, que é o que aconteceu. Isso é o que atrapalha. E as pessoas de bem que estão trabalhando pode ficar de fora. Tem pessoas preparadas e as pessoas querem ir lá só pra roubar, fazer em benefício próprio" disse o parlamentar nesta quinta-feira (10)
A declaração foi dada por conta do posicionamento do ex-deputado federal Pedro Henry, condenado e preso no processo do Mensalão em 2013, que declarou que apoiará o ex-prefeito de Cáceres, Túlio Fontes, que deve se candidatar pelo PSB.
Outras candidaturas da região que estão sendo cogitadas são do atual prefeito de Pontes e Lacerda, Alcino Barcelos (Republicanos) e do secretário de Ciência e Tecnologia, Nilton Borgatto (PSD). "É hora de surgir pré-candidaturas, é normal. Isso só vamos saber afunilar a partir de abril. É o desejo deles e vamos ver o que vai acontecer, e espero que tenha o melhor caminho que seja bom pro Mato Grosso. É uma escolha feita por cada um", completou.
A situação de Dr complica ainda mais com a saída do prefeito de Rondonópolis, Zé Carlos do Pátio, que bateu o martelo para migrar ao PSB. Pátio tem rodado o Estado para levar à nova sigla o seu grupo político e as principais lideranças sindicais de Mato Grosso ligadas ao SD.
Com isso, Leonardo admite que atualmente a chapa de federal da sigla não alcançaria o coeficiente necessário para a sua reeleição. Por isso não descarta uma mudança de partido e agradeceu os convites que tem recebido, mas admitiu uma proximidade maior com o MDB, já que seria amigo do presidente nacional, deputado Baleia Rossi (MDB-SP).
"Eu não desejo sair, mas se isso acontecer é por uma questão de ter que sair, será por uma questão de sobrevivência política", finalizou.