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Maranhense está desaparecido há 9 dias, após ser sequestrado em alojamento de hidrelétrica em Jauru
Por Diário de Cáceres
15/02/2022 - 15:01

Foto: reprodução

A  polícia do Maranhão e do Estado do Mato Grosso estão investigando o sequestro de um jovem maranhense, de 23 anos, na cidade Jauru (400 km da capital Cuiabá).

 

João Felipe Santos Bogéa, de 23 anos, natural da cidade de Arari, no Maranhão, está desaparecido desde o domingo (6/02).

 

 Segundo a família, ele estava no Mato Grosso há nove meses, após ser contratado por uma empresa de engenharia, para trabalhar na construção de uma usina hidrelétrica em Jauru.

 

Testemunhas afirmaram que o ovem foi levado por homens armados, que invadiram o alojamento em que João Felipe e outros dez trabalhadores maranhenses estavam, para intimidá-los, dando um prazo de 24 horas para que voltassem ao Maranhão, deixando as vagas de emprego para quem mora em Jauru.

 

A casa que servia de acampamentos para os trabalhadores foi   invadida por 8 homens. Eles espancaram João Felipe após olharem o celular do rapaz . Depois o levaram e até agora ele não foi encontrado.

 

Apreensivos, todos os maranhenses que estavam em Jauru, onde ocupavam três residências, voltaram ao estado de origem . Seis deles já foram ouvidos pela Polícia Civil de lá.

 Maria do Nascimento Santos, mãe de João Felipe, faz um apelo, pedindo ajuda. "Estamos em desespero, não temos notícias".

Familiares dizem que a esperança diminui a cada dia, mas que vão fazer de tudo para encontrarem ele, seja de que jeito for, e que querem justiça.

A Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil no Maranhão (OAB-MA) está acompanhando o caso e acredita que pode ter havido xenofobia, um crime de ódio pelo fato de os trabalhadores serem nordestinos que foram ao Mato Grosso para trabalhar.

A Polícia Civil do Mato Grosso também acompanha o caso, em contato com a polícia maranhense, com a troca de informações. 

"Um filho que está desaparecido, mas tenham certeza que nós vamos fazer todos os esforços necessários, para que nós consigamos identificar e saber, de fato, o que aconteceu ou o que está acontecendo nessa situação”, afirmou o delegado da Polícia Civil do Mato Grosso Marcos Lyra.

A polícia afirma que o crime de xenofobia é uma hipótese, mas que há também outras linhas de investigação.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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