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‘Pibinho’ tira MT do topo
Por Diário de Cuiabá
13/12/2012 - 04:12

Foto: arquivo
Mato Grosso deixou o topo nacional da riqueza gerada pelo agronegócio. Em 2010, o desempenho da atividade nos maiores municípios mato-grossense reduziu a participação deste gigante agropecuário. Entre os 15 maiores Produto Interno Bruto (PIB) do segmento em 2009, o Estado participava com oito cidades. Nos dados sobre 2010, divulgados ontem pelo IBGE, do mesmo grupo, apenas três representavam o Estado: Campo Verde, Sapezal e Primavera do Leste. Até 2010, Mato Grosso era o segundo maior produtor de grãos e fibras do Brasil, mas ficou entre os seis estados mais importantes do PIB agropecuário, atrás de Minas Gerais, São Paulo, Rio Grande do Sul, Paraná e Goiás. A depreciação da principal commodity local, a soja, foi determinante para a formação de um novo ranking em Mato Grosso. Enquanto Sorriso, município no norte estadual que destina a maior área mundial ao cultivo da soja, era o principal representante de Mato Grosso no panorama nacional – em 2009 era o primeiro no Estado e terceiro no país – passa a 19ª posição em 2010 e o líder atual do ranking estadual, Campo Verde, aparece apenas na 8ª posição nacional, seleção liderada por Cristalina (GO). Sorriso tem como carro chefe a soja. Campo Verde o algodão, commodity essa que viu suas cotações explodirem em 2010 pela baixa oferta mundial. Em 2009, a arroba da pluma fechou o ano com média de R$ 36,60 no Estado. Em 2010 foi a R$ 59,60. Na contramão, a soja batia em 2010 recordes de produtividade, feito que por si só deprecia o valor pela generosa oferta. Além disso, o ouro agrícola sofreu baixas no mercado externo - de consumo e de preços - como reflexo da crise norte-americana que eclodiu em setembro de 2008 e viu sua saca desvalorizar também pelo efeito do dólar. Em 2009 a saca mato-grossense obteve média de R$ 39,20 e no ano seguinte, R$ 33,50. O dólar, moeda que baliza as negociações das commodities, passou de R$ 1,99 para R$ 1,76, respectivamente. “Na safra 2009/10 houve perdas de produção nos maiores players mundiais e isso elevou preços da pluma. Tivemos máximas de R$ 130 pela arroba no Estado. Já a soja, além da queda no mercado internacional, sofreu com a perda cambial e neste cenário, Sorriso, perdeu espaço e destaque”, avalia o analista do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), Cleber Noronha. O desempenho do PIB dos municípios e a consequente nova configuração do ranking – liderado por cidades com tradição no cultivo do algodão e não da soja - já era esperado. Em novembro o IBGE havia divulgado dados referentes ao PIB dos estados e Mato Grosso ficou na inacreditável última colocação ao apresentar o menor percentual de crescimento do país. Em 2010, o PIB estadual somou R$ 59,60 bilhões, crescimento de 3,6% ante o ano anterior e abaixo dos 7,5% do PIB nacional. “O resultado do PIB estadual reflete nos municípios”, frisa o economista Vivaldo Lopes. Ainda em 2010, como explica, Mato Grosso sofreu impactos da crise de 2008 e que logo virou crise mundial. Os efeitos macroeconômicos não afetaram o PIB nacional e do Estado em 2009 porque a crise veio quando a safra agrícola estava definida e por isso, “sua influencia é vista apenas em 2010”. Em suma, a crise internacional reduziu a oferta de crédito para empresas, que sem capital colocaram o pé no freio em relação aos investimentos, inclusive os previstos para Mato Grosso, reduziu o preço das commodities e o apetite dos principais mercados mato-grossense, Europa e China. “Isso influcienciou a oferta de empregos, a renda, o consumo, desaguando sobre o PIB”.
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