Com a recente requisição administrativa do Hospital São Luiz em Cáceres, assumido pelo Governo do Estado, mais de 400 funcionários estão prestes a não receber nada de salário deste mês de março. O Secretário Estadual de Saúde, Gilberto Figueiredo, foi enfático em dizer que o Estado só assumiria os compromissos do Hospital São Luiz do dia 28.03 em diante.
Intermediado pelo vereador Cézare Pastorello (SD), uma reunião com os funcionários do Hospital São Luiz, SINPEN-MT (Sindicato dos Profissionais de Enfermagem) e SESSAMT (Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde) aconteceu nas dependências dos Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Cáceres, no dia seguinte, 29.
“Este é o momento de todas as representações sindicais se unirem em solidariedade às classes trabalhadoras que podem ser prejudicadas. Além disso, entre os funcionários do Hospital São Luiz, há muitos servidores da saúde do Município. Então, o SSPM está empenhado em prestar todo apoio necessário”, afirma o presidente do SSPM, Fábio Lourenço.
Com a presença da assessoria jurídica dos sindicatos SINPEN e SESSA, foram levantadas várias demandas dos funcionários, desde a ausência de depósitos de FGTS, pagamento de férias, diferenças salariais etc, que deverão ser ajuizadas na Justiça.
Porém, outras questões mais imediatas, como a permanência dos funcionários que acumulam vínculo com o Hospital Regional, que passa a administrar o São Luiz como anexo, e o pagamento do salário de março, ficaram indefinidas, já que o Estado ainda não se pronunciou quanto a isso.
“Eu tenho acompanhado a preocupação, legítima, de muitas autoridades com o que acontecerá com o atendimento de convênios e particulares. Porém, é preciso lembrar que esses atendimentos já estavam prejudicados, há muito tempo. Por outro lado, não podemos desconsiderar que mais de 400 pessoas correm o risco de perder seus empregos, não receber seus direitos e nem receber o salário deste mês. É inacreditável como isso tem sido ignorado, como se tivesse resolvido! Precisamos sim, ter um posicionamento do Estado em relação à isso, seja com crédito que a Pró-saúde tenha ou mesmo pela indenização que o Estado disse que faria pelo prédio. Esse silêncio sobre os “não médicos” do Hospital é ensurdecedor” explica o vereador Pastorello.
O vereador cita que o Estado já anunciou que indenizaria, ou seja, pagaria, pelos equipamentos e mobiliários que estão na unidade. Logo, o que ele aponta é que esse dinheiro seja direcionado para o pagamento dos funcionários, e, se for suficiente, dos direitos não honrados durante os contratos.
Diante da ausência de confirmação do Estado sobre esses pontos e o prazo legal para o pagamento dos salários de março ir até dia 07.04, os sindicatos se comprometeram a realizar nova reunião, em Cáceres, na semana que vem.
Assessoria