Comparando, é como se mais de dois mil carros deixassem de circular nas ruas por ano. Energisa investe mais de R$ 100 milhões na obra.
Cerca de cinco mil toneladas de gás carbônico vão deixar de ser lançados todos os anos na atmosfera após a desativação da Usina Térmica de Guariba, distrito de Colniza que fica na região amazônica de Mato Grosso. A emissão anual da usina equivale a emissão de dois mil veículos aproximadamente, ou seja, é como se dois mil veículos fossem tirados de circulação, conforme dados especialistas na área. A descarbonização é um dos resultados da obra realizada pela Energisa que vai interligar a localidade ao Sistema Interligado Nacional (SIN). O projeto tem um investimento de mais de R$ 100 milhões e está em fase final de construção. A previsão é que em setembro toda a rede esteja pronta e testada. A obra toda tem 260 quilômetros de extensão. Ela parte do município de Aripuanã, passando por Colniza e vai até Guariba. Para isso foram feitas a construção e ampliação de três subestações, além da implantação de um linhão de alta tensão e uma rede de média tensão que vai interligar o trecho. Ao longo do caminho todos moradores e empresas dessas regiões serão beneficiadas pelo investimento.
“Quando nós chegamos em Mato Grosso, o estado tinha três termelétricas com uso de diesel em operação, fora as regiões menores que usavam geradores também usando o combustível. Imagine isso tudo gerando CO2 no meio ambiente. E a Energisa seguiu o compromisso de levar energia de forma sustentável. Foi fazendo a expansão da distribuição de energia e desligando uma a uma as usinas que são tão poluentes. A Usina Térmica de Guariba é a última. Hoje já são mais de 25 mil quilômetros de redes interligando o estado ao sistema nacional, que tem como fonte de geração as hidrelétricas, bem mais limpas,” explica Riberto José Barbanera, diretor-presidente da Energisa Mato Grosso.
Preservação da história
Uma das preocupações da equipe foi impactar o menos possível a região. Por isso, dentro do planejamento foi priorizado áreas antropizadas, como a faixa de domínio de rodovia e as áreas de pastagens para implantação do traçado da linha de distribuição. Programas socioambientais foram propostos e executados, entre eles o Programa de Resgate Arqueológico como medida de preservar os bens arqueológicos materiais e imateriais da região. O engenheiro ambiental da Energisa Giuliano Borges de Almeida explica que “os artefatos arqueológicos que foram achados durante as obras fazem parte de nossa história. Por isso, foram incluídos no planejamento esse cuidado e atenção”, detalhou Giuliano. Segundo o profissional, foram encontrados milhares de artefato arqueológicos que foram resgatados. “Eles serão limpos e catalogados em laboratório para deposito em uma instituição especializada”, complementou o engenheiro da Energisa.