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Polícia Federal fecha hangar usado por "Escobar Brasileiro" em Poconé
Por João Aguiar
06/07/2022 - 13:36

Foto: reprodução


A Operação Catrapo, deflagrada pela Polícia Federal na manhã desta quarta-feira (06), em Mato Grosso e outros 9 estados, mira desarticular a organização criminosa liderada por Sérgio Roberto de Carvalho, 63 anos, conhecido como “Escobar Brasileiro”. Ele foi preso no último dia 21 de junho em Budapeste, capital da Hungria.

Durante a operação, um hangar em Poconé foi fechado pelos agentes. Segundo a PF, a organização criminosa se aproveitava da estrutura de aviação privada existente em Mato Grosso, assim como fazendas no interior, para guardar e armazenar a droga, que era adquirida no Peru e na Bolívia e enviada para a Europa.

São 28 mandados de busca e apreensão e 13 mandados de prisão temporária que devem ser cumpridos em Mato Grosso, São Paulo, Pará, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Amazonas, Paraná, Rondônia e Tocantins.

Em Mato Grosso, os mandados são cumpridos em Cuiabá, Várzea Grande, Poconé e Aripuanã. O estado, inclusive, era usado como principal entreposto para as atividades criminosas.

A Polícia Federal interceptou duas toneladas de cocaína e identificou R$ 40 milhões em patrimônio durante a apuração.

Também foi deflagrada nesta quarta a Operação Fallen, que cumpre 21 mandados de busca e apreensão e seis mandados de prisão preventiva, expedidos pela Justiça Federal em Pernambuco, nos estados de Pernambuco, São Paulo, Paraná, Minas Gerais e Bahia.

As investigações tiveram início em 2020, após a importação suspeita de peças de aeronaves portuguesas por uma empresa de Recife, que as introduziu no Brasil pelo porto de Itajaí.

Após apurações conjuntas entre a PF, a Receita Federal e a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), foi constatado um esquema de contrabando de peças de aeronaves para o país para a utilização por narcotraficantes em atuação na fronteira.

Apura-se, ainda, a estratégia de lavagem de dinheiro montada pelo grupo criminoso, que se utilizava de empresas de fachada para movimentar valores no território nacional. Além disso, eram usadas empresas com sede no exterior para viabilizar a compra de aeronaves fora do Brasil, as quais serviam à organização criminosa investigada e também eram cedidas para outros grupos criminosos.

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