A três dias da abertura oficial do 39º Festival Internacional de Pesca Esportiva (39º FIPE) de Cáceres – considerado um dos maiores eventos turísticos do Estado -, o baixo volume de água, no Rio Paraguai, ainda é motivo de preocupação para autoridades e organizadores do festival.
Medindo, nesta segunda-feira (11/07) 1,08 (um metro e oito centímetros), a Baia do Cáceres – local de largada das embarcações, em frente à sede da Secretaria de Turismo e Cultura (Sicmatur) preocupa, em razão de possíveis acidentes, entre as embarcações, durante a largada das provas de pesca embarcada e motorizada.
Diante dessa preocupação, um grupo de vereadores – Franco Valério, engenheiro Celso Silva e Isaias Bezerra – apresentou uma indicação solicitando adoção de medidas administrativas, por parte dos governos federal, estadual e municipal, objetivando a revitalização das baias de Cáceres.
O projeto estabelecia dragagens e desobstrução das baias do Malheiros, Cumprida e da Campina. A proposta seria evitar que esses locais não sequem, como já vem ocorrendo, tornando essas baias inviáveis para qualquer tipo de navegação comercial, turística e de lazer.
Todo trabalho teve amparo e acompanhamento técnico do engenheiro Adilson Reis que elaborou e apresentou o projeto em Audiência Pública, específica, realizada no mês de março, na Câmara Municipal, em Cáceres. E, posteriormente, em reunião com equipe técnica do DNIT, em Cuiabá.
Contudo, em resposta, datada do dia 28 de junho a direção do DNIT, órgão governamental, encarregado pelo trabalho, afirmou que, a superintendência do departamento, não dispõe de meios para atuar de forma imediata no atendimento do pedido.
“O contrato nº 864/2020 existente no SR/DNIT/MS que realiza a dragagem de manutenção do canal tramo norte do Rio Paraguai, não contempla o trecho demandado. E, a Licença de Operação (LO) para os serviços de dragagem de manutenção do rio Paraguai não contempla a área referente a este pleito”.
E conclui a resposta: “O DNIT irá avaliar a possibilidade de realização de levantamento hidrográfico para verificação de viabilidade da dragagem no acesso fluvial à orla da cidade, e além disso, caso os estudos comprovem a viabilidade da dragagem no acesso fluvial da cidade, será necessário a solicitação ao IBAMA de autorização para dragagem nos trechos demandados”. O documento é assinado pelo superintendente do DNIT em MT, Antônio Gabriel Oliveira dos Santos.