O comerciante Aparecido Fonseca, vulgo Cido do Cana Brava (54) se apresentou ontem (27) à Policia em Cáceres. Ele é acusado de assassinar o próprio cunhado com três disparos de revolver calibre 38, fato ocorrido na noite do dia 22, no interior da lanchonete localizada no Bairro DNER, em frente ao Mini-Estádio Manoel Bernardes. Desde então o acusado estava foragido. A vitima Damião Garcia,27 anos, era casado com uma das irmãs do autor dos disparos. O homicídio causou revolta no comunidade do DNER com repercussão em todo município de Cáceres. Na versão do réu confesso prestada no Centro Integrado de Segurança e Cidadania (CISC), teria uma suposta ameaça de Damião contra sua pessoa. Já algumas pessoas que preferiram não se identificar informaram a reportagem que Damião estava normal, e que em dado momento o comerciante Cido Cana Brava, apareceu com um facão dando três “pranchadas” (pancadas com a lateral do facão) nas costas da vitima e dando -lhe escaramuças para que o mesmo fosse embora daquele ambiente, em ato continuo Damião teria o seguido indagando o motivo da agressão foi quando Cido arrancou da cintura a arma de fogo apontou e disparou um tiro no rosto de Damião que caiu mortalmente, não satisfeito o assassino teria dado volta no balcão e mesmo a vitima caída já sem vida, ainda teria efetuado mais dois tiros sendo um pescoço e outro nas costas. No bar havia outros fregueses que ficaram atônitos com a violência, enquanto Cido tomou rumo ignorado. No bairro é de domínio público que dois filhos dele que são policiais teriam lhe dado cobertura para a fuga. Também é do conhecimento em toda a cidade que Cido já vinha efetuando ameaças veladas ao irmão João Nicolau Fonseca, tudo motivado, segundo apurou a reportagem, numa disputa pela herança familiar, que compreende imóveis urbanos e chácaras. E, nessa rixa de família Damião acabou perdendo a vida. Essa foi a constatação de vizinhos e de parentes. Os dois policiais militares filhos do assassino estariam, segundo informações que chegaram a redação, fardados e armados intimidando testemunhas. Parentes de Damião, já adiantaram que as versões do autor do homicídio, são fantasiosas e que as testemunhas que estavam no bar estão dispostas a relatar a verdade, derrubando uma eventual tese de legitima defesa. Para os próprios irmãos de Cido, ele teria agido premeditadamente. No meio policial, constam boletins de ocorrências de ameaças entre os “Fonseca”. A vitima Damião era convivente com uma das irmãs de Cido há oito anos, conforme seus enteados se tratava de um cidadão muito trabalhador e bastante humilde, e que nunca se envolveu nos desentendimentos da família. Os três enteados atestam que durante os anos em que a vitima conviveu com a irmã de Cido Cana Brava, jamais se envolveu sequer em discussões. “Ele era um homem honrado e muito trabalhador, dedicado a nossa família, e mesmo agredido não reagiu apenas perguntou o motivo das pancadas de facão, não sabia e que resposta seria tão violenta como foi” destacou um dos parentes da vitima. Na Policia Civil de Cáceres estão sendo aguardados os depoimentos das testemunhas que estavam no bar no instante em ocorreu o fato. O delegado Adriano Cavaliere, presidirá o inquerito policial, já tem ciencia da enorme repercussão que assassinato causou na cidade, quase as vésperas do Natal. Durante o velório e o sepultamento, o clima era de revolta, principalmente pelo fato do assassino estar armado com facão e revolver, além disso, disparou por duas vezes com vitima já sem vida. A atitude de disparar contra a vitima mesma morta, segundo parentes, reforça a suspeita de que Cido Cana Brava queria mesmo matar o cunhado. A informação de que equipe de agentes estavam desde a ocorrência do homicídio na caçada do comerciante, sabendo dessa ação através de seus filhos policiais, resolveu se apresentar. E que alguns informes sobre seu eventual paradeiro já teriam sido comunicados às autoridades de maneira anônima .