Diario de Cáceres | Compromisso com a informação
Quadrilhas levaram prejuízo em 53% dos ataques a caixas eletrônicos
Por ´Secom
27/12/2012 - 17:46

Foto: arquivo
Em 53% das investidas contra caixas eletrônicos no Estado de Mato Grosso, os crimes não foram consumados. No ano de 2012, a Polícia Judiciária Civil registrou 66 ações criminosas em terminais de autoatendimentos, instalados em agências e pontos comerciais de 33 municípios mato-grossenses. Em 35 ataques as quadrilhas levaram prejuízo e em 31 ocorrências conseguiram chegar até o dinheiro das máquinas. Os arrombamentos também caíram 37,73% no Estado de Mato Grosso. De 106 ocorrências no ano de 2011 para 66 em 2012. No ano anterior, 2010, foram 118 violações a terminais de saque rápido. Para o delegado chefe da Gerência de Combate ao Crime Organizado, Flávio Henrique Stringueta, um dos fatores da diminuição das consumações de explosões de terminais é atribuída ao monitoramento de inteligência dos grupos criminosos e ao despreparo das quadrilhas, que foram se desestruturando com a prisão de seus líderes. “Isso também é um dos motivadores da diminuição das consumações. São pessoas menos qualificadas que estão atuando hoje”, afirma o delegado. A retirada de caixas eletrônicos, instalados em pontos vulneráveis, e algumas medidas de segurança adotadas pelos bancos, entre elas os abastecimentos de pequenas quantias de dinheiro, que não chegam a 30 mil reais, também estão entre os indicadores de redução dos delitos. “Com menos valor nos caixas, a ação criminosa se torna mais arriscada. O custo benefício da ação torna pouco vantajoso. Isso acaba afastando os grupos criminosos mais especializados, ficando ai o pessoal menos qualificado para a ação criminosa”, pontua o delegado. Para a Polícia Civil a tendência é a completa redução da onda de explosões de terminais no Estado, devido às estratégias de segurança pública, com o preparo de policiais para lidar com explosivos e a complementação da atividade policial. “Nosso confronto com a criminalidade está mais especializado. A sociedade reclama que os caixas estão mais difíceis de serem acessados, mas ela tem que entender também que isso torna a movimentação financeira mais segura”, finaliza o delegado Flávio Henrique Stringueta. Além do delegado Flávio Stringueta atua no GCCO o delegado Gianmarco Paccola Capoani, responsável pelas investigações de caixas eletrônicos, com suas equipes de investigadores e escrivães. Meio empregado Pela rapidez na ação, o artefato explosivo foi usado em 58 ataques. Em oito ataques, as quadrilhas ainda utilizaram o maçarico para abrir os caixas eletrônicos. A ferramenta inaugurou a onda de arrombamentos a terminais, desde o ano de 2008, quando foram registrados 14 casos. No ano seguinte, 2009, ocorreram 31 ataques com uso de maçarico e a ‘explosão’ se deu em 2010, quando a prática passou a ser dominada por dezenas de bandidos do Estado e de outros. Em agosto de 2011, Mato Grosso passou a registrar os primeiros casos com uso de explosivos, fechando com 38 terminais dinamitados.
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