A câmera acoplada na farda do policial já faz parte da rotina da equipe da Polícia Rodoviária Federal (PRF-MT) que atua na cidade de Sorriso (a 397 km de Cuiabá). Ao entrar de serviço, o agente liga o equipamento colado ao corpo e outra câmera de bordo que fica em cima do painel da viatura, voltada para parte externa do veículo, como explica o superintendente da PRF, Arthur Nogueira, em entrevista ao podcast do canal HNT TV, no Youtube.

O uso do equipamento que grava do início ao fim o expediente do policial da PRF e da Força Nacional é uma iniciativa do governo federal, através do Ministério da Justiça e Segurança Pública. O projeto é estratégico e é testado nas cidades de Sorriso, em Mato Grosso; Cascavel, no Paraná; São José, em Santa Catarina; Araguaína, no Tocantins, e Uberlândia, em Minas Gerais. 

Ao HNT TV, Arthur Nogueira explica que a cidade de Sorriso foi escolhida para testar as câmeras corporais nos policiais por ter índices preocupantes de ocorrências e pela fronteira com o estado do Pará.

“O nosso policial entra de serviço já com uniforme e liga a câmera. Entra na viatura, liga a câmera de bordo do painel da viatura virada para fora do veículo. A gravação é ininterrupta. É importante explicar que esse equipamento grava áudio e vídeo. Hoje em dia, todos nós somos filmados toda hora. Em uma ocorrência policial, o cidadão filma o que ele acha que é certo, edita. Quantos casos já vimos na imprensa. E não é bem assim, antes daquela gravação, teve toda uma ação tática, de abordagem, de início. Então, as câmeras garantem segurança ao nosso policial e transparência do começo ao fim da ocorrência”, diz o superintendente da PRF-MT.  

A entrega dos testes das  câmeras corporais nos policiais está prevista para o mês de julho. Todo o material será analisado pelo Ministério da Justiça e será definido qual modelo de equipamento se adaptou melhor à rotina de trabalho dos policiais. Logo após a decisão, todas as equipes terão que utilizar as "bodycams".

Atualmente, a PRF conta com 521 policiais em Mato Grosso. No bate-papo, o superintendente da PRF- MT é questionado sobre a aplicação do recurso do governo federal na compra dos equipamentos, se não seria mais viável abrir concurso público e contratar mais policiais.  A aceitação das equipes policiais de Sorriso também é um dos assuntos abordados na entrevista, dentre outras dúvidas.

Assista a entrevista sobre o uso das câmeras corporais por policiais de Mato Grosso: