O vereador Cézare Pastorello (PT) participou de um encontro online com parlamentares e assessores do país nesta quinta (26), para discutir a crise ambiental e climática. Durante sua fala, destacou dois episódios em Cáceres que, segundo ele, refletem o descaso com a natureza, o clima e a história da cidade.
O primeiro tema apresentado por Pastorello foi sua luta pelo adensamento urbano de Cáceres, uma pauta que ele defende há três mandatos. A proposta visa conter o crescimento desordenado da cidade e reduzir a pressão sobre áreas naturais, com planejamento urbano mais sustentável. Atualmente, há um movimento que está usando o poder público para atendimento de interesse de grandes loteadores, que aumentarão a especulação imobiliária e prejudicaram mais ainda a oferta de serviços públicos, aumentando as distâncias de deslocamento e consumo de combustíveis.
A outra, foi relembrar que em julho de 2023, a Câmara aprovou a alteração da Lei Orgânica Municipal para incluir a Natureza como titular de Direitos, e não apenas recursos. "Um Projeto de Lei de minha autoria, para dar status de portadora de direitos à natureza local, o rio Paraguai, animais, flora, todo o conjunto ambiental. No entanto, qual foi nossa surpresa, a Câmara revogou o PL um mês depois, atendendo a pressões de ruralistas. Este é um símbolo de como ainda existe resistência até em ações mínimas de preservação, porém sigo levando preocupações ao plenário, porque esta é uma luta que não vai de ré, só temos a opção de seguir adiante", afirmou.
O encontro, promovido pelo Instituto Clima de Política, faz parte de uma estratégia de fortalecimento de mandatos que tenham identidade com a causa ambiental e climática. O Instituto atua conectando parlamentares e cientistas para troca de melhores práticas e também para apoio mútuo. Em 2024 o Instituto mobilizou apoio a 9 candidaturas a vereador no Mato Grosso, sendo o vereador Cézare Pastorello o único eleito.
Pastorello reforça que a troca de experiências entre mandatos é essencial para perceber que, em nível de país, há muitos parlamentares conscientes e que é preciso construir políticas públicas responsáveis pelo meio ambiente, pela natureza, pelas pessoas.