Mato Grosso enfrenta o período mais crítico do ano em relação ao clima, marcado por dias
de calor extremo, baixa umidade do ar e aumento das queimadas. As condições, típicas
entre agosto e setembro, colocam a população em alerta e reforçam a necessidade de
cuidados especiais com a saúde.
De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a temperatura em algumas
cidades pode ultrapassar os 37°C, enquanto a umidade relativa do ar chega a índices
inferiores a 20%. A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera que o nível ideal para o
bem-estar humano é de 60%.
O calor intenso e o ar seco impactam diretamente o organismo, provocando desidratação,
fadiga, insolação e irritações na pele, nos olhos e na garganta. Doenças respiratórias como
asma e bronquite também tendem a se agravar nessa época do ano.
A professora e enfermeira Luana Kateryne, da Escola Técnica Estadual de Cáceres, explica
que muitas pessoas não percebem a gravidade da situação até que os sintomas já estejam
avançados. “Com temperaturas elevadas e ar seco, nosso corpo perde líquido rapidamente.
O problema é que, muitas vezes, a pessoa só percebe quando já está desidratada. Por isso, é
essencial beber água ao longo do dia, antes mesmo de sentir sede”, afirma.
Segundo Luana, crianças, idosos, gestantes e pessoas com doenças crônicas são os mais
vulneráveis. “Esses grupos podem ter quedas de pressão, tontura ou desmaios de forma
súbita. Hidratação, alimentação leve e períodos de descanso são medidas de prevenção que
salvam vidas”, destaca.
Outro fator que agrava o cenário em Mato Grosso é o avanço das queimadas urbanas e
rurais, intensificadas durante a estiagem. Além dos danos ambientais, a fumaça aumenta os
casos de alergias, irritações nos olhos e problemas respiratórios.
“A prevenção também deve ser coletiva. Evitar queimadas e denunciar focos de incêndio é
uma forma de cuidar da saúde de toda a comunidade”, conclui Luana.