Dois garimpeiros foram baleados em confronto com policiais federais pelo segundo dia consecutivo no garimpo ilegal localizado na Terra Indígena Sararé, em Pontes e Lacerda (444 km de Cuiabá). Nenhum agente foi atingido.

Em uma operação realizada entre os dias 28 e 30 de setembro, policiais federais trocaram tiros com garimpeiros, que atiraram de fuzil. A violência na região ficou mais forte desde a semana passada, quando também houve confronto entre garimpeiros e agentes do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

A ação realizada no fim do mês passado tem como objetivo combater crimes de desmatamento ilegal, garimpo ilegal, comércio ilícito de ouro, organização criminosa e porte ilegal de armas de fogo e explosivos na Terra Indígena Sararé.

O local dominado por facções criminosas e fortemente impactado pela exploração ilegal de ouro. O objetivo principal foi fazer a desintrusão das áreas atingidas pela garimpagem e inutilizar equipamentos, maquinários e estruturas empregadas nas atividades ilícitas, além de combater a presença de organizações criminosas.

Durante a operação, foram inutilizados diversos motores estacionários, geradores de energia, estruturas de apoio e túneis subterrâneos utilizados na extração ilegal. As equipes também apreenderam armas de fogo, munições, grande quantidade de explosivos, minério de ouro e mercúrio.

NOVO MÉXICO

Por causa da violência, o delegado João Paulo Berté descreveu a devastação da região como similar à República do México. A ‘mexicanização’ do crime organizado diz respeito à escalada da violência, como aumento do número de homicídios, tráfico de drogas e chacinas na cidade similar ao que acontece no país da América do Norte.