A manifestação acontece em um contexto de violência crescente. Só neste ano, 40 mulheres foram assassinadas no Estado
A primeira-dama de Mato Grosso, Virginia Mendes (União), voltou a defender leis mais rigorosas, como a pena de morte, para homens condenados por feminicídio.
A manifestação acontece em um contexto de violência crescente contra mulheres no Estado, que lidera o ranking nacional de feminicídios.
Somente neste ano, 40 mulheres foram assassinadas em Mato Grosso.
Para ela, providências mais duras precisam ser tomadas, a fim de frear esse cenário.
Virginia acredita que a legislação precisa ser revista com urgência, uma vez que já são insuficientes para coibir a violência.
“Eu defendo também, eu acho que tem que ter pena de morte para quem matou. Constatou, matou. Só que o Brasil é muito complicado, né? Infelizmente, as leis mais severas não acontecem”, afirmou.
A primeira-dama reforçou, contudo, que a responsabilidade por mudanças legais é do Congresso Nacional e do presidente da República, destacando que a cobrança deve recair sobre deputados federais, senadores e o Governo federal.
“Isso tem que ser em Brasília, com deputados federais e senadores. O presidente Lula precisa olhar para isso, porque são mulheres que estão morrendo. Ele governa para o Brasil e tem que analisar e mudar as leis”, disse.
As declarações de Virginia Mendes reforçam a pressão por políticas mais duras no enfrentamento à violência de gênero, especialmente diante do aumento dos casos de feminicídio no estado.
Virginia também comentou a dificuldade das forças de segurança em evitar feminicídios, mesmo com medidas protetivas em vigor.
“A gente vê casos de mulheres com botão do pânico que, mesmo assim, acabam mortas. A polícia não consegue chegar a tempo, porque o agressor pode estar em qualquer lugar. Não adianta aumentar o número de policiais, é preciso endurecer as penas”, afirmou.
A primeira-dama reiterou que a violência contra a mulher é um problema estrutural e nacional, que ultrapassa a esfera do governo estadual.
“Não é culpa do Governo. São homens que não têm amor ao próximo nem a si mesmos, que matam até a mãe dos próprios filhos. As leis são muito fracas”, completou.
A fala de Virginia reforça a crescente pressão social por medidas mais duras no enfrentamento à violência de gênero.
O tema tem ganhado destaque em meio ao aumento dos casos em Mato Grosso e à discussão nacional sobre políticas de prevenção e punição aos agressores.