Mais cinco suspeitos de integrar a quadrilha que praticou um assalto na modalidade “Novo Cangaço”, na cidade de Vila Rica (1.259 km a Nordeste de Cuiabá), onde fizeram ao menos 20 pessoas como escudo humano, foram presos nas cidades de Palmas e Paraíso (TO). A quadrilha assaltou as agências do Banco do Brasil, Bradesco e Sicredi, além da agência local dos Correios, no último dia 9. A prisão ocorreu durante uma operação conjunta entre a Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), da Polícia Civil de Mato Grosso, e Polícia Civil de Goiás. Com o bando, foram apreendidos 10 automóveis e também R$ 60 mil roubados durante o assalto. Os policiais localizaram também duas pistolas, dois revólveres e um carregador de fuzil. Com a prisão dos cinco, a Polícia chegou a nove integrantes do bando, sendo que dois morreram em confronto com PMs do Bope (Batalhão de Operações Especiais), numa mata, onde um terceiro foi preso. Segundo o delegado Flávio Stringueta, titular do GCCO, a prisão dos suspeitos reforça a suspeita de que a quadrilha tenha ramificação em Tocantins, além do Estado Pará, onde estaria o comando do bando. A prisão dos cinco ocorreu no dia seguinte ao encerramento das buscas, na mata fechada próximo de Vila Rica. Nesses 17 dias de caça aos bandidos, dois morreram em confronto com PMs do Bope e dois foram presos, num total de 25, e foram recuperados R$ 15 mil de cerca de R$ 500 mil roubados pelo bando. Uma equipe de policiais do Pará que auxiliou nas buscas também anunciou o término das ações. Antes da prisão desta sexta-feira, os policiais chegaram até Francisco Antério Filho, de 60 anos, suspeito de ser o líder do núcleo do resgate da quadrilha, na cidade de Conceição do Araguaia, no Sul do Pará, após ter a prisão preventiva decretada. As investigações apontam que o suspeito esteve na cidade de Vila Rica dias antes e no dia do roubo às agências bancárias, dando apoio logístico à fuga da quadrilha, que é considerada uma das partes principais do esquema criminoso. “Ele mantinha contato com muitos integrantes da quadrilha, mesmo na mata para saber onde estão”, afirmou o delegado. No dia 16, dois suspeitos morreram em tiroteio com policiais do Bope. Um deles, Antônio Moura, 47 anos, era apontado como chefe da quadrilha, e Cássio Almeida de Souza, 28 anos. Bruno da Silva Aguiar foi preso. Moura era procurado pela Policia do Rio Grande do Norte e também do Pará, por assalto a banco. Na ocasião, com os bandidos foram recuperados R$ 15,6 mil, juntamente como um fuzil AK 47 calibre 762mm, além de uma pistola ponto 40 e um revólver calibre 38. Além das armas, os policiais apreenderam farta munição – cinco carregadores de fuzil indicando que os criminosos estivessem fortemente armados. Dois bandidos conseguiram escapar ao cerco.