Diario de Cáceres | Compromisso com a informação
Cavalo pantaneiro será atração na Expocáceres‏
Por Assessoria/Clarice Navarro Diório com Embrapa Pantanal
30/09/2013 - 19:41

Foto: web
Pela primeira vez, o cavalo pantaneiro será atração na feira agropecuária de Cáceres, a 48ª Expocáceres. A iniciativa partiu dos organizadores do evento -diretoria do Sindicato Rural- com o apoio da ABCCP-Associação Brasileira de Criadores do Cavalo Pantaneiro, que tem sua sede em Poconé. O criador João Henrique de Paula, residente em Pontes e Lacerda, está organizando um núcleo de criadores em Cáceres e região. Ele esta na organização da vinda de expositores da raça, que deverão trazer cerca de 50 cavalos -metade deles de criadores de Poconé. Os animais serão julgados na parte da manhã e participarão da prova de laço na parte da tarde, já no primeiro dia do evento, quarta-feira, dia 02. "São técnicas para demonstrar a habilidade da raça"-explica João Henrique, acrescentando que o cavalo Pantaneiro, por ser muito dócil, é chamado de cavalo da família, mas também, por sua eficiência e resistência, tanto no pantanal como na serra, é também um cavalo de serviço. "É um cavalo muito resistente que, independente do ambiente, está sempre bonito. A raça foi esquecida ao longo dos anos, mas começou a ser devidamente valorizada na nossa região, como aconteceu antes em Mato Grosso do Sul, onde as competições agregam valor ao animal, valorizando sua linhagem. A raça tem genética resistente. Muitos criadores não exploravam o potencial do cavalo Pantaneiro, que é uma raça nobre e, entre as 22 raças nobres comercializadas no Brasil, ocupa hoje a 9ª posição no ranking valor comercial. A Expocáceres acertou trazendo a raça para fazer a estréia da Pista de Laço e Espaço Hípico do Parque de Exposições"-conclui o criador. A Origem (Fonte: Embrapa/Pantanal) Uma raça única de equinos, que se adaptou como nenhuma outra ao ambiente quente e úmido e às longas distâncias da planície pantaneira. O cavalo pantaneiro tem sua origem dos cavalos Ibéricos trazidos ao Brasil na época da colonização. Os animais introduzidos na região multiplicaram-se e formaram uma raça muito bem adaptada às condições ecológicas do Pantanal. Isto foi fruto da ação da seleção natural durante centenas de anos. Desde a implantação de fazendas no Pantanal, o cavalo pantaneiro tem sido importante para a lida do gado e como meio de locomoção para os habitantes da região. Apesar das suas qualidades, a raça quase chegou à extinção devido a fatores como doenças e cruzamentos indiscriminados com outras raças. O trabalho feito por instituições como a Associação Brasileira de Criadores do Cavalo Pantaneiro (ABCCP), criada em 1972, evitou a extinção da raça. Um dos principais motivos para a conservação do cavalo pantaneiro é o seu valor genético. Adaptada de maneira singular às condições do Pantanal, a raça apresenta hoje uma grande utilidade no manejo do gado de corte, principal atividade econômica da região. Valorização A pesquisadora especialista em produção e manejo animal, Sandra Santos, da Embrapa Pantanal (Corumbá-MS), Unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, revela que o homem do campo do Pantanal reconhece hoje o grande valor do cavalo pantaneiro na lida do gado. “Ele faz questão que a raça seja preservada com suas características rústicas de força e agilidade para o trabalho de campo. A beleza para exposições não é a qualidade mais valorizada por eles”, explica. Outra qualidade da raça que tem sido muito valorizada pelos criadores é a agilidade para provas equestres, como enduro e rédeas, com exemplares pantaneiros bem colocados em competições nacionais. “Se com um número ainda pequeno de animais já conseguimos essa qualidade, num futuro próximo, com mais criadores e animais, isso será ainda melhor”. Nos quatro leilões anuais especializados da raça – Campo Grande e Corumbá, em Mato Grosso do Sul, e Poconé e Cuiabá, no Mato Grosso, os preços alcançados por alguns exemplares têm batido recordes históricos. com exemplares vendidos a mais de R$ 100 mil.Os preços crescentes mostram um mercado promissor e grandes chances de conservação para a raça. Crescimento Existem atualmente cerca de 5 mil cavalos pantaneiros puros registrados na ABCCP, com mais de 130 criadores localizados em 21 subregiões. O número total estimado de equinos no Pantanal é 100 mil, o que revela uma grande quantidade de animais mestiços, segundo Sandra Santos.
Carregando comentarios...

Educação

Unemat conquista mais 30 bolsas de Mestrado

30/09/2013 - 13:25
Utilidade Pública

Vagas de trabalho disponíveis no Sine hoje,30

30/09/2013 - 11:28